HISTÓRIA EM MINIATURA - MGB


Fundada em 1923, a Morris Garage, mais conhecida pela sigla MG, começou a produzir roadsters baratos em 1929, por iniciativa de Cecil Kimber, um funcionário da empresa. Desde então, se destacaram os modelos Miget J1, Série P, Série T (um da série, o TD, muito conhecido no Brasil pela sua réplica nacional MP Lafer)  e o MGA. 

MG TD

MP Lafer brasileiro. Foto: revista Autoesporte

Mas foi a partir de 1962 que surgiu o MG mais popular de sua história: o roadster MGB, de apenas dois lugares e sem capota, que substituiu o MGA. O projeto foi iniciado em 1958, sob a supervisão de Syd Enever e John Thornley.  A carroceria de estilo arredondado, com grade horizontal baixa, para-brisa plano, capô longo, traseira curta e com faróis redondos e lanternas verticais nas extremidades destacadas na frente e atrás, foi inicialmente desenhada por Dan Hayter, da MG, mas o projeto foi finalizado nos estúdios da Pininfarina, na Itália, que decidiu pelo estilo aberto. 


Foi o primeiro MG com estrutura monobloco. Media 4,89 metros de comprimento, 1,25 m de altura, 1,52 m de largura e 2,31 m de distância entre-eixos. O conjunto mecânico foi herdado do MGA: suspensão, freios dianteiros a disco, transmissão manual de 4 marchas (que foi modificada), tração traseira e o motor 1.8 de quatro cilindros e 95 cavalos de potência, com dois carburadores SU. Pesando 870 kg, acelerava de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos e alcançava os 168 km/h. O sucesso foi imediato, mesmo com a forte concorrência britânica do Lotus Elan, Austin Healey e Jaguar E-Type, Também incomodavam o francês Peugeot 404 Cabriolet, o italiano Fiat 124 Spider e até o norte-americano Chevrolet Corvette. Por conta da disputa acirrada, a produção da MG aumentou em 75% em 1963.


As primeiras modificações surgiram neste mesmo ano, com a introdução do câmbio automático de três marchas. Em 1965, foi lançado o cupê GT, de quatro lugares e um estilo de carroceria fastback meio estranho, também desenhado pelo estúdio Pininfarina. Em 1967 serviu de base para o MGC, que tinha motor de seis cilindros, mas que só durou dois anos. Em 1969, a grade do MGB passou a ser preta e foram adotadas novas lanternas traseiras. 




Quatro anos depois, o cupê ganhava motor V8 3.5 de 137 cv, oriundo da Buick e do Rover 3500. Só durou até 1976. Em 1974, para atender à rígida legislação do mercado norte-americano, o MGB ganhou grade integrada ao para-choque de plástico. O MGB foi produzido até 1980, após 512.243 unidades. 

MG-F 1995

Ele renasceu em 1992 com o nome de RV8, com motor V8 3.9, mas foram produzidos apenas 2 mil carros. Nos anos 1990 foi lançado o MGF., um roadster de estilo bem mais moderno que buscava resgatar o espírito do MGB. Hoje, a MG pertence ao grupo estatal comunista chinês SAIC. 


TEXTO E FOTOS DA MINIATURA: GUSTAVO DO CARMO 
FOTOS DO MODELO REAL: DIVULGAÇÃO E REVISTA AUTOESPORTE

Postar um comentário

0 Comentários