Segundo sedã luxuoso da Audi, abaixo apenas do A8, o A6 chega agora à sua sexta geração, que quase foi substituída pelo A7. A primeira foi lançada em 1994 e, na verdade, era um face-lift da quarta e última geração do antigo 100 (chamado de 5000 nos Estados Unidos), que foi o primeiro carro importado pelo Brasil sob a responsabilidade do nosso saudoso campeão de Fórmula 1, Ayrton Senna.
A primeira geração do A6 ainda tinha linhas retas, faróis trapezoidais e grade integrada ao capô. Atrás, as lanternas eram retangulares vermelhas e quase ocupavam toda a traseira. Por isso, a chave do porta-malas estava incrustada no lado direito. Além do sedã, também tinha versão perua, chamada Avant. O fastback ficou no 100.
Em 1997, o A6 ganhou personalidade própria ao adotar linhas futuristas e arredondadas, principalmente no teto e na traseira. O teto arqueado continuou nas gerações seguintes, lançadas em 2004, 2011, 2018 e agora em 2025, só mudando a frente e a traseira.
Primeira geração (C4/Typ 4A - 1994 a 1997)
As gerações dos modelos de todas as marcas alemãs recebem codinomes complexos para identificá-los. O Audi A6 tem dois. A primeira geração é conhecida como C4 (porque a contagem começa na primeira geração do antigo 100, lá em 1968) ou Typ 4A. Foi lançado em 1994 para inaugurar uma nova nomenclatura adotada pela marca alemã do grupo Volkswagen. Até então representada por números 50, 80 e 100, passou a ser acompanhada pela letra A, no caso dos sedãs e peruas, e um número. SUVs e crossovers receberiam a letra Q. E o A6 foi o primeiro, mesmo sendo um face-lift da última geração do 100.
O interior era refinado e o painel tinha desenho que integrava o conta-giros e o velocímetro, atrás do volante, e um trio composto por relógio e dois marcadores, na parte central. A cobertura do conjunto era em arco. Abaixo dos três instrumentos centrais, as saídas de ar eram horizontais, com a grelha arredondada. E, descendo mais, ficavam, de cima para baixo: botões funcionais, o rádio e os comandos do ar condicionado digital.
O espaço atrás era generoso. Naquela época, entretanto, não havia tanta preocupação em esconder os trilhos dos bancos. A carroceria media 4,80 metros de comprimento e a distância entre-eixos era de 2,69 m, embora houvesse uma variação de milímetros entre a tração dianteira e integral, que era ligeiramente maior.
O primeiro A6 ganhou novos motores, como o 1.8 de quatro cilindros em linha, cinco válvulas por cilindro (20v), de 125 cavalos; o 2.0 de quatro cilindros, oito válvulas, com injeção singlepoint (101 cv) ou multipoint (115 cv); o 2.6 V6 de 12 válvulas de 150 cv; o 2.8 V6 de 30 válvulas (cinco por cilindro) de 193 cv e o 2.3 de cinco cilindros, 10v (duas por cilindro) de 133 cv. todos movidos a gasolina.
Entre os movidos a diesel as novidades eram o 1.9 de quatro cilindros turbodiesel (TDI) de 90 cv e o 2.5 TDI de cinco cilindros de 140 cavalos.
As opções de câmbio eram a manual de cinco e um automático de quatro velocidades. A tração podia ser dianteira ou integral, chamada Quattro.
S6

O primeiro A6 também tinha a versão esportiva S6, que no 100 se chamava S4, nomenclatura que depois foi adotada no A4 apimentado. O S6 tinha motor a gasolina de cinco cilindros 2.2 turbo de 230 cavalos. Acelerava de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos. O câmbio era manual de seis marchas e a tração integral Quattro. Outra opção era o V8 4.2 de 290 cavalos, com câmbio automático de quatro marchas.
Já o S6 Plus era uma série limitada preparada pela divisão esportiva Quattro GmbH, que tinha motor V8 de 326 cavalos, equipada apenas por um revisado câmbio manual de seis marchas. Acelerava de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos. Curiosamente teve mais unidades produzidas na carroceria perua Avant (855) e apenas 97 sedãs.
Segunda geração (C5/Typ 4B - 1997 a 2004)
O A6 só fez por merecer a nova nomenclatura da Audi para seu segundo modelo mais luxuoso na segunda geração. E ficou mais atraente que os irmãos A4 e A8. A partir de 1997 as linhas ficaram mais arredondadas, principalmente no teto e na traseira. O estilo lateral se tornou tão marcante que foi usado em todas as gerações até hoje. A frente, no entanto, destoava das formas arredondadas e apresentava faróis e grade retangulares, com uma leve inclinação. O para-choque dianteiro era preto em sua maior parte, com a lataria ocupando um pequeno espaço.
Atrás, as lanternas eram pequenas, ocupando apenas o canto traseiro. A perua Avant tinha a mesma disposição das lanternas, que eram mais quadradas. As janelas eram retas e amplas. A carroceria media 4,81 metros de comprimento e a distância entre-eixos era de 2,76 m.
Por dentro, o painel ganhou classe e modernidade. O quadro de instrumentos deixou de ser integrado ao gabinete central, que tinha tela para o GPS ou rádio, botões funcionais e comandos do ar condicionado digital. O console tinha duas paredes. Havia apliques de madeira ou alumínio, dependendo da versão, no painel e no console.
A oferta inicial de motores era bem ampla. A gasolina tinha o 1.8 aspirado de 125 cavalos, o 1.8 turbo de 150 ou 180 cv, ambos quatro cilindros de 20 válvulas, o V6 2.4 de 30 válvulas e 165 cv e o 2.8 V6 30v de 193 cv. A diesel tinha o 1.9 TDI de quatro cilindros de 110 cv e 116 cv (lançado em 1998) e o 2.5 V6 de 24 válvulas de 150 cv.
Vendido no Brasil, ganhou o título de Carro Importado do Ano da revista Autoesporte em 1998.
No ano seguinte, chegaram dois novos motores a gasolina: o V6 2.7 turbo, de 30 válvulas e 230 cv e o V8 4.2 de 40 válvulas e 300 cavalos.
S6
Naquele mesmo ano foi lançada a versão esportiva S6, com o motor V8 rendendo 340 cavalos. Visualmente se identificava pela grade quadriculada e pelas rodas estreladas de 17 polegadas. Foi vendido nas duas versões de carroceria.
allroad quattro
Também em 1999, foi lançada a versão aventureira allroad quattro, disponível somente na perua Avant. Foi na onda do sucesso da Subaru Legacy Outback, que também inspirou a nossa Fiat Palio Weekend Adventure. Tinha suspensão a ar e maior altura livre do solo, além de para-choques reforçados. A tração integral permanente Quattro era de série. Os motores eram o V6 2.7 turbo a gasolina, aumentado para 250 cavalos e o 2.5 V6 turbodiesel, com potência melhorada para 180 cavalos.
Face-lift
Em 2002, o segundo A6 ganhou um discreto face-lift, inspirado no S6, que deixou a grade mais quadriculada, os faróis mais transparentes, dando mais destaque aos refletores, e o para-choque dianteiro mais carenado, com uma nova entrada de ar central.
Na motorização, o 1.8 foi substituído por um 2.0 aspirado de quatro cilindros de 131 cavalos. O 1.9 turbodiesel (TDI) foi melhorado e ganhou a mesma potência. O V6 2.4 passou a ser chamado de BDV e ganhou mais cinco cavalos, passando a 170 cv. O 2.8 V6 deu lugar a um 3.0 V6 de 220 cavalos. O 2.7 turbo, com a potência aumentada para equipar o allroad, chegou ao sedã e às versões comuns da perua Avant. O 2.5 V6 diesel passou a render 163 cavalos e ainda ganhou uma opção com 179 cv. O V8 não ganhou modificações.
No câmbio, a novidade foi o multitronic CVT de cinco marchas. Todas as versões, com exceção do 2.0 a gasolina e o 1.9 TDI, ganharam a tração Quattro de série.
RS6
Depois do face-lift, o A6 ganhou uma versão S ainda mais esportiva: a RS6, com o mesmo motor V8 ampliado para 450 cavalos e era capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos. Foi lançado primeiro somente na versão perua, mas o sedã também teve posteriormente. E para completar, ainda teve a RS6 Plus, com 480 cavalos.
Terceira geração (C6/Typ 4F - 2004 a 2011)
A aparência lateral do sedã foi inalterada, mas a terceira geração, de 2004, teve muitas novidades, tanto na plataforma, quanto na frente, atrás, no interior, na tecnologia e nas medições. Para começar, o comprimento chegou a 4,92 metros e a distância entre-eixos a 2,84 m. A Avant ficou com a terceira janela lateral mais arredondada.
Na dianteira, a grade, com estilo chamado "single frame", ficou mais estreita e passou a se prolongar até o para-choque, com contorno cromado. Os faróis continuaram retangulares e ficaram com os canhões de luz ainda mais vistosos. Atrás, as lanternas continuaram nas extremidades, mas ficaram mais horizontais. A perua tinha um prolongamento na tampa do porta-malas.
Por dentro, o painel voltou a ter o quadro de instrumentos integrado ao gabinete central. A tela do GPS se tornou um sistema multimídia, que além do navegador, passou a controlar, através de um botão giratório no console, o som, o ar condicionado, ajustes do carro e as configurações da suspensão. O sistema passou a contar com menos botões. O miolo do volante e a moldura dos quatro anéis da Audi reproduziam o estilo da grade.
Na mecânica, a novidade foi a injeção direta de gasolina, então chamada de TFSI no motor 2.0 de quatro cilindros, com 170 cavalos e no V6 3.0 de 290 cv, pois têm turbo e apenas FSI nos V6 2.8 de 210 cv e 3.2 de 255 cv e no V8 4.2 de quatro válvulas por cilindro de 350 cv, que são aspirados.
Com injeção comum, tinha o V6 2.4 de 24 válvulas e 177 cv e o V8 4.2 de cinco válvulas por cilindro e 335 cv.
Entre os diesel, já turbinados e com quatro válvulas por cilindro, havia o 2.0 de quatro cilindros de 140 cv e os V6 2.7 de 163 e 180 cv e 3.0, com três opções de potência: 225, 233 e 239 cavalos.
O A6 ganhou uma nova transmissão automática Tiptronic de seis marchas, ao lado do câmbio CVT, com a mesma quantidade de velocidade. A tração Quattro continuou de série para as versões mais potentes.
No crash-test da Euro NCAP o novo A6 obteve cinco estrelas de proteção para ocupantes adultos e quatro para crianças. Uma evolução em relação a geração anterior, que tinha três para adultos. Mas só conseguiu uma estrela para pedestres.
S6 e RS6
A terceira geração do esportivo S6 foi lançada em 2006 e era oferecida nas carrocerias sedã e Avant, com motor V10 5.2 de injeção direta (FSI) de 40 válvulas (quatro por cilindro), aspirado, derivado do Lamborghini, que rendia 435 cavalos com 540 Nm de torque. Acelerava de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos. O câmbio era automático de seis marchas e a tração integral quattro.
Visualmente se destacava pela estreia das luzes diurnas de LED no para-choque e os faróis de bixenônio, a grade inferior mais pronunciada e os para-choques maiores. As rodas eram de 19 polegadas.
Já o RS6 tinha motor V10 5.0 de 580 cavalos e 650 Nm, também de injeção direta. Apesar de ser chamado de FSI, este era biturbo. Por dentro, tinha bancos anatômicos. Disponível também nas duas versões de carroceria, acelerava de 0 a 100 km/h em 4.6 segundos na perua e 4,5 segundos no sedã.
A6 allroad quattro
A perua Avant allroad quattro perdeu um pouco da personalidade aventureira que tinha na geração anterior. A segunda edição estava mais para esportiva. Tanto que era chamada de A6 allroad quattro. A nomenclatura do modelo não era usada antes. Tinha grade cromada com aletas verticais.
Continuou vindo de série com a suspensão a ar, agora adaptativa com cinco modos e tração integral.
Tinha duas opções de motor a gasolina (um V6 3.2 FSI e um V8 4.2) e duas a diesel (um V6 2.7 de 180 cavalos e um 3.0 de 225 cv). O câmbio era automático Tiptronic de seis marchas.
Uma curiosidade era que a allroad era mais cara que o SUV Q7, o primeiro da Audi, em alguns mercados europeus, mas a suspensão a ar era um opcional caro para o utilitário esportivo. Mas na Alemanha, a perua custava um pouco menos.
Face-lift
A mudança mais vistosa do face-lift da terceira geração do Audi A6, em 2008, estava na traseira, que ganhou prolongamento nas lanternas do sedã. Isso porque na frente, toda a linha ganhou os faróis com luzes diurnas de LED que já tinham estreado no S6. Mas a grade também mudou, ficando com filetes horizontais contínuos, até o para-choque, que também era novo. O interior ganhou o kit S-Line, com bancos esportivos.
Todos os motores passaram a contar com injeção direta de gasolina e também de diesel, que ganharam common-rail. Entre eles está o 4.2 V8 a gasolina. O V6 2.4 deixou a linha. A novidade foi o motor 3.0 V6 de 300 cavalos.
Quarta geração (C7/Typ 4G - 2011 a 2018)
A quarta geração, apresentada em 2011, estreou a nova plataforma modular do grupo Volkswagen MLB e aumentou o seu comprimento para 4,93 metros e distância entre-eixos para 2,91 m. Mas manteve o estilo lateral, pelo menos no sedã. A perua Avant mais uma vez foi totalmente reestilizada. A terceira janela lateral ficou mais estreita e a traseira mais inclinada, dando-lhe um aspecto mais dinâmico. Aliás, o coeficiente aerodinâmico baixou para 0,25 Cx.
Evidentemente, a frente mudou, com os faróis assumindo um formato de bumerangue, realçado pelas luzes diurnas de LED, que passou a compor toda a iluminação de forma opcional. De série ainda eram de xenônio. A grade ficou mais hexagonal, mas ainda afunilada e com filetes horizontais. O para-choque dianteiro ganhou uma abertura maior nas extremidades. Atrás, as lanternas, que ganharam iluminação em LED, continuaram horizontais, mas agora contínuas. A tampa do porta-malas ganhou um desnível abaixo delas. O novo estilo foi inspirado no A8 e influenciou o A4.
O interior foi totalmente renovado, com um painel mais horizontal, inclusive nas saídas de ar, e tela multimídia (ainda operada pelo botão giratório) destacada na parte superior, quase como os modelos mais recentes. O quadro de instrumentos ainda era físico, mas a tela do computador de bordo ficou maior.
Entre os novos equipamentos, destacam-se assistentes de condução estreados no A8 como piloto automático adaptativo, frenagem automática, detector de pedestres e sistema de manutenção em faixa, além de head up display, faróis com acendimento automático, bancos com oito ajustes elétricos, sensores de estacionamento traseiro, ignição por botão, câmera de ré e som premium da Bose.
A oferta de motores a gasolina na Europa tinha o 2.0 TFSI de 180 e 211 cavalos, o V6 2.8 FSI de 204 cv e o V6 3.0 TFSI de 300 cv (que no ano seguinte ganhou mais 10 cavalos). A diesel as opções eram o 2.0 TDI de 177 cv, o V6 3.0 de 204 e 245 cv e o V6 3.0 biturbo de 313 cv. Na transmissão, a novidade foram câmbios automatizado de dupla embreagem e sete velocidades e automático CVT de oito.
A6 Hybrid
Pela primeira vez, o Audi A6 teve uma versão híbrida. Tinha motor elétrico de 45 cavalos associado a um 2.0 TFSI movido a gasolina de 211 cv. A bateria de íon-lítio tinha capacidade de apenas 1,3 kWh. Era praticamente um híbrido leve. Infelizmente, durou pouco. Foram apenas 4 mil unidades produzidas durante dois anos, de 2012 a 2014.
A6 allroad quattro
Também em 2012 foi lançada a A6 allroad da quarta geração. Ou, melhor dizendo, a terceira geração da perua aventureira da Audi, com caixa das rodas em plástico escuro, contrastando com a cor da carroceria. A grade continuou cromada. Ela também tinha bagageiro no teto.
Uma de suas principais características, além da tração integral Quattro, é a suspensão a ar ajustável, que eleva a carroceria automaticamente a até 20,8 cm. A operação é feita ao toque de um botão. A suspensão também rebaixa o carro em até 14,2 cm para ficar mais esportivo.
A motorização era toda V6 3.0. Com gasolina o TFSI de 310 cavalos e as turbodiesel TDI tinham três opções de potência: 204, 245 e 313 cv. O câmbio era automatizado de sete velocidades.
S6
A quarta geração da versão esportiva S6 perdeu o motor V10 em razão do downsizing. Foi trocado pelo V8 4.0 TFSI biturbo de 420 cavalos e 550 Nm de torque.
Disponível nas versões sedã e Avant, tinha recuperação de energia de frenagem, desativação automática de metade dos cilindros, start-stop e cancelamento ativo de ruído. O câmbio era automatizado S-Tronic de sete marchas e a tração integral Quattro com diferencial central automático e vetorização de torque (diferencial esportivo opcional) e suspensão a ar adaptativa que abaixa a carroceria em 10 cm.
Os discos de freio eram internamente ventilados e como opcional podiam ser de carbono-cerâmica. As rodas de série eram de 19 polegadas, podendo ter outros estilos como opcional de até 20 polegadas. A grade tinha filetes horizontais com detalhes em alumínio.
No interior, opção de três cores de bancos de couro Napa e Alcantara com ajustes elétricos.
Entre os equipamentos, destaque para os faróis de xenônio Plus, lanternas iluminadas por LED, freio de estacionamento eletrônico e sistema de som da Audi com 10 alto-falantes, tendo um Bang & Olufsen com 15.
RS6
A RS6 passou a ser exclusiva da perua e tinha motor V8 4.0 biturbo de 560 cavalos, com o mesmo desligamento parcial dos cilindros. O câmbio era automático de oito marchas.
O estilo se destacava pela grade e entradas inferiores do para-choque com tela em forma de colmeia e rodas de 21 polegadas (de série aqui no Brasil. pois na Europa eram opcionais e as comuns tinham 20").
O interior era o mesmo do S6, com painel e bancos em couro e camurça sintética pretos e detalhes em fibra de carbono, oferecia cinco lugares (embora o túnel central seja tão alto que dificulta o conforto do quinto passageiro) e para cá trazia de série ar condicionado digital de três zonas, sistema de estacionamento automático, airbags frontais, laterais e de cortina, abertura das portas por aproximação, partida por botão, controles de estabilidade e tração, frios ABS com EBD e assistente de frenagem de urgência, sistema multimídia MMI, navegador com tela retrátil e som Bang and Olufsen com rádio/CD/MP3/USB, 15 alto-falantes e 1.200 watts.
Foi eleito o Carro Premium do Ano pela revista Autoesporte em 2014.
Face-lift
Em 2015, o A6 passou por modificações nos faróis, que ganharam iluminação matricial (Matrix LED), grade e para-choques. A mudança serviu mais para atualizar a tecnologia como o sistema multimídia com um processador mais rápido, operação por escrita no console e conexão com internet 4G.
Os motores passaram a cumprir a norma Euro 6 de emissões de poluentes. Entrou o motor 1.8 TFSI de 190 cavalos. Já as versões com motor 2.0 TFSI ganharam o câmbio automatizado de sete velocidades em substituição ao CVT.
Quinta geração (C8/Typ 4K - 2018 a 2025)
A quinta geração foi apresentada no Salão de Genebra de 2018. Apesar do sedã manter a silhueta que a linha A6 conserva desde a segunda geração de 1997, houve uma grande evolução no estilo frontal e traseiro. Mas também teve novidades na lateral, que ganhou vincos nas partes dianteira e traseira, além do capô, que ficou mais volumoso e arredondado. A grade ficou mais larga, agressiva, hexagonal e levemente avançada em relação aos faróis, que mantiveram o formato de bumerangue, acompanhados pelas luzes diurnas de LED que quase imitavam o martelo da Volvo. Atrás, as lanternas continuaram horizontais, mas em um novo desenho pontudo, ligadas por um friso cromado. A perua ficou cada vez mais parecida com uma shooting brake, com a terceira janela lateral agora mais reta e mais baixa.
O comprimento e a distância entre-eixos ficaram um centímetro maior, passando a 4,94 m e 2,92 m, respectivamente. A plataforma foi chamada de MLB Evo, uma evolução da modular usada anteriormente.
Por dentro, o painel ficou mais tecnológico com o quadro de instrumentos eletrônico e duas enormes telas digitais na parte central, uma no painel propriamente dito e outra, para a climatização, no console. A capacidade de 530 litros do porta-malas era a mesma da geração anterior.
Entre os novos recursos de tecnologia estava uma evolução do sistema de estacionamento automático, que localizava a vaga sozinho e podia ser feito sem a presença do motorista. Também estavam presentes os assistentes de parada de trânsito, assistente de manutenção em faixa e piloto automático adaptativo.
Na motorização, a novidade era o sistema de hibridização leve, com um motor elétrico de 48 volts acompanhando as seguintes propulsões a gasolina: 2.0 turbo de 245 cavalos e V6 3.0 biturbo de 340 cv. Os motores movidos a diesel eram o 2.0 de 163 e 204 cv e o V6 3.0 de 231 e 286 cv. Um detalhe era que as motorizações recebiam nomenclatura baseada no torque de cada motor. Assim, tínhamos, respectivamente versões chamadas 35, 40, 45 e 50.
Ainda havia as versões híbridas plug-in (recarregáveis na tomada), lançadas em 2019. Primeiro com motor 2.0 turbo a gasolina com um elétrico de 143 cavalos, bateria de 14,1 kWh e potência combinada de 367 cv e depois uma opção com bateria de maior capacidade 17,9 kWh, mas menor potência: 299 cv.
A transmissão podia ser automatizada de sete velocidades DCT (dupla embreagem) ou automática de oito marchas, Todas as versões tinham tração integral Quattro.
S6 e RS6
O Audi S6 de quinta geração, disponível nas duas carrocerias, tinha duas opções de motor: um V6 2.9 biturbo de 450 cavalos a gasolina e um V6 3.0 turbodiesel de 349 cv, com um pequeno motor elétrico de 7 kW (9,5 cv). A distribuição da tração integral era de 40% na dianteira e 60% na traseira.
Entre os equipamentos, sejam de série ou opcionais, se destacavam controle de torque seletivo nas rodas, controle de amortecimento, suspensão a ar adaptativa, carroceria rebaixada em 20 mm (com suspensão a ar, o modo automático abaixa a carroceria em mais 10 mm), diferencial esportivo, chassi eletrônico com 5 modos de seleção de direção, discos de freio dianteiros de 400 mm e traseiros de 350 mm, com pinças de alumínio pretas ou vermelhas, sistema de freio cerâmico de seis pistões, que inclui discos de freio dianteiros de 400 mm e traseiros de 370 mm, rodas de 20 ou 21 polegadas, pneus 255/40 bancos esportivos com logotipo S em relevo e apoios de cabeça integrados, logotipo S em relevo e padrão de losango, com ventilação e massagem opcionais, assento Alcantara ou Valcona, estofamento nas cores preto, cinza rotor ou vermelho arras com costuras contrastantes; incrustações de alumínio, volante com aro plano, apoio para os pés e pedais em aço inoxidável e soleiras iluminadas em alumínio com logotipo S.
A perua RS6 tinha motor V8 4.0 de 600 cavalos e faróis a laser.
A6 allroad
A perua aventureira também esteve na quinta geração. Continuava com a caixa de rodas, as saias laterais e para-choque inferior traseiro pretos. A grade misturava aletas horizontais e verticais. Só tinha motores movidos a diesel, V6 3.0 TDI com 231 cv (45), 286 cv (50) e 349 cv (55).
A6 e-tron (2024)
O A6 e-tron é uma prévia da sexta geração do A6, mas não é a própria sexta geração. Ele utiliza uma plataforma distinta, a PPE, que significa Premium Platform Eletric, usada pelo Q6 e-tron e o Porsche Macan EV.
É o primeiro elétrico da Audi a ter duas opções de carroceria: fastback, chamada Sporback e que substitui o A7, que ia batizar a sexta geração do A6. A outra é a perua Avant. O Sportback é como um cupê de quatro portas. E a perua tem um estilo mais próximo de uma shooting brake, com janelas mais retas e efeito de teto flutuante. O estilo frontal, comum a ambas, é diferenciado, com faróis mais retangulares, separados e em um nível abaixo das luzes diurnas de LED. Uma disposição semelhante ao da picape Mitsubishi Triton. A grade é fechada com carenagem na cor da carroceria e com os quatro anéis da Audi escurecidos. O coeficiente aerodinâmico do Sportback é de apenas 0,21 Cx. Na Avant é de 0,24 Cx. As lanternas traseiras horizontais, com luzes segmentadas, são ligadas por um friso vermelho luminoso. O emblema Audi atrás também é iluminado.
O interior é a prova de que o A6 e-tron é a prévia da nova geração, pois o painel é exatamente o mesmo do modelo lançado este ano e recém-apresentado no Guscar. Tem telas multimídia (aproximadamente 15 polegadas) e quadro de instrumentos (12") flutuantes e unidos na bancada. O suporte das telas tem formato trapezoidal. E ainda tem um terceiro visor, de 11 polegadas, à frente do carona. Os retrovisores externos são por câmera e reproduzem as imagens em telas nos extremos. Há uma luz ambiente que atravessa todo o painel e revestimentos macios ao toque. Para favorecer o espaço interno, o assoalho é plano.
O head up display tem realidade aumentada e também é oferecido como opcional. Este sistema mostra informações relevantes como velocidade, sinais de trânsito, assistência e símbolos de navegação refletidas no para-brisa e na mesma altura da visão do condutor.
Já o teto solar panorâmico tem um sistema que minimiza a luz ao toque de um botão, assim como já acontece com alguns carros da Porsche. Isso é possível porque os componentes de vidro podem mudar de transparente para opaco. A tecnologia também é opcional no A6 e-tron.
Entre os equipamentos de segurança está o chamado assistente de condução adaptativo plus. Com a novidade, o motorista recebe auxílio na aceleração, frenagem, manutenção da velocidade e da distância, e na orientação da faixa. Para isso, além de sensores, o sistema utiliza dados de mapas de alta resolução e de outros veículos para melhorar o comportamento. E há ainda assistente de distração e de sonolência, câmera e sensores de ré, limitador de velocidade e reconhecimento de sinais de trânsito baseado em imagens de câmeras.
O A6 e-tron tem dois motores elétricos,, um em cada eixo. Apesar disso, a tração é traseira. Ambos rendem no combinado 367 cavalos de potência. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 5,4 segundos e a velocidade máxima é de 210 km/h.
A suspensão é pneumática adaptativa. Dependendo da velocidade e das preferências individuais, adapta-se às condições específicas da estrada e regula a altura da carroceria em quatro níveis diferentes. No eficiência, por exemplo, rebaixa o carro em até 20 milímetros.
A bateria de íons de lítio tem 100 kWh, proporcionando uma autonomia de 750 km no fastback e 720 km na perua. A recarga de 10% a 80% é feita em apenas 21 minutos em estações de até 270 kW.
S6 e-tron
A versão elétrica do Audi A6 não poderia deixar de ter a versão esportiva S6. Tem os mesmos motores elétricos, mas com tração integral e a potência aumentada para 503 cv, podendo chegar a 551 cv com o controle de largada ativado. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 3,9 segundos, tanto no fastback, quanto na perua. A velocidade máxima chega aos 240 km/h.
Mesmo com a igual capacidade de 100 kWh da bateria da versão comum, a autonomia do esportivo é menor, sendo de 670 km para o Sportback e 640 km para a Avant.
Sexta geração (C9/Typ 4L - 2025)
A nova e atual geração é a sexta. Ia se chamar A7, mas a Audi mudou de ideia por achar que o A6 é uma nomenclatura mais forte e também para se redimir dos fãs inconformados por ter matado o A4, que virou A5, inclusive na perua Avant.
A plataforma é a mesma do novo modelo menor. Mas é diferente da usada no A6 e-tron. A do A6 a combustão e do A5 é específica para modelos convencionais, chamada justamente de PPC (Premium Platform Combustion).
O novo A6 sedã já está com 5 metros de comprimento e 2,92 m de entre-eixos. O estilo lateral representa uma evolução da silhueta da segunda geração. Mas a frente e a traseira estão totalmente adaptados aos anos 20 do século 21: grade mais larga hexagonal com cantos arredondados, tela em colmeia, faróis espichados de OLED (diodos orgânicos emissores de luz), unidos às luzes diurnas segmentadas e para-choques com entradas de ar finas nas extremidades. Os quatro anéis são escurecidos. A traseira é alta, tem lanternas horizontais também com iluminação segmentada e entradas de ar nos cantos. O friso iluminado vem abaixo das lanternas. A perua Avant, apresentada antes do sedã, oficialmente chamado de Limousine, tem estilo semelhante, exceto na lateral, que está com as janelas ainda mais estreitas e arredondadas.
O interior foi antecipado no e-tron, com as telas multimídia (15 polegadas) e dos instrumentos (12 pol) unidas e flutuantes, com moldura trapezoidal. Na altura do porta-luvas está a tela multimídia para o carona (11"). O A6 comum só não tem os retrovisores por câmera. O porta-malas tem capacidade para 492 litros no sedã e 503 litros na Avant.
Entre os opcionais estão teto solar panorâmico com transparência ajustável (o mesmo do e-tron), amplo head up display, sistema de som Bang & Olufsen com 20 alto-falantes, sistema de ar condicionado de quatro zonas e o fechamento automático suave das portas. A perua tem de série uma luz projetada no chão que orienta por onde o proprietário deve passar o pé para abrir automaticamente o porta-malas.
Inicialmente, são três opções de motores, todos com sistema híbrido-leve de 48 volts. Dois a gasolina: um 2.0 turbo de injeção direta de 204 cavalos e 34,7 kgfm de torque e um V6 3.0 de 367 cv e 56,1 kgfm. O único a diesel também é 2.0 e tem a mesma potência do movido a gasolina: 204 cv. O câmbio é automatizado de sete marchas.
Neste mês de maio foi lançada a versão híbrida plug-in. Tem motor 2.0 TFSI de 252 cv combinado com um elétrico de 143 cv.
A tração integral Quattro, por enquanto, é exclusiva da versão 2.0 turbodiesel. Ela pode transferir até 70% da força para o eixo traseiro. Mas as versões sem a tração integral têm tração dianteira. A bateria tem capacidade para 25,9 kWh.
O novo A6 tem três tipos de suspensão: Série, mais confortável que a geração anterior; Esportiva, que rebaixa a carroceria em 2 cm para uma condução mais dinâmica (de série com o Pacote exterior S line); e Pneumática adaptativa com controle eletrônico de amortecimento, permitindo uma grande variedade de ajustes entre conforto extremo e comportamento esportivo.
Ainda devem ser lançadas as versões S6, RS6 e Allroad, como nas gerações anteriores. No ano que vem, o Audi A6 deve chegar ao Brasil.
TEXTO: GUSTAVO DO CARMO
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