Primo do Kia Sportage de segunda geração, com quem compartilha plataforma até hoje (atualizada, claro), o Hyundai Tucson popularizou os SUVs dentro da marca sul-coreana por ser o mais acessível do gênero. Foi lançado mundialmente em 2004, inspirado no Porsche Cayenne, após cinco anos de desenvolvimento. O nome homenageia a cidade norte-americana do Arizona. 


Chegou ao Brasil no ano seguinte. Em 2008 passou a ser fabricado em Anápolis, Goiás, e logo se tornou o preferido das emissoras de televisão, que substituíram a Volkswagen Parati. Também conquistou o público pela sua durabilidade. 

 

O primeiro Tucson tinha interior com acabamento simples e foi se sofisticando nas gerações seguintes, começando pela segunda, aqui chamada de ix35 (2010), que tinha um conceito chamado Escultura Fluída, mas mantendo o nome original em alguns países, como os Estados Unidos. O motor que se consolidou foi o 2.0 de 142 cv, que depois passou a ser flex (chegando a 146 cv), mas também teve um motor V6 2.7 de 175 cv (com tração integral). Nos Estados Unidos teve um 2.0 de 167 cv e um 2.4 de 178 cv. A terceira geração, que voltou a ser Tucson (aqui com o prefixo New, para se diferenciar da primeira geração ainda produzida até 2018), adotou o motor 1.6 turbo com injeção direta, que já era usado na Europa desde o ix35. 


Já a quarta geração o tornou futurista, tanto no design, com faróis que se misturam aos pontilhados da grade e lanternas pontudas, quanto nos itens de tecnologia, como detector de ponto cego em todos os ângulos, frenagem de emergência em curvas, estacionamento remoto, aplicativo que destrava e monitora as funções do carro e prioridade nas motorizações híbridas com opção de motores elétricos leves (também para diesel) e pesados. . 


Primeira geração (2004-2009. No Brasil de 2005 a 2018)





O Tucson chegou ao Brasil em 2005, em duas versões: GL 2.0 e GLS V6 2.7. A básica tinha câmbio manual de cinco marchas e a GLS V6 2.7 tinha câmbio automático e tração integral sob demanda, trazendo também itens como piloto automático, controles de tração e estabilidade e teto solar elétrico. Em 2007, veio a GLS 2.0 com câmbio automático, mas tração somente na dianteira. 





O Tucson foi nacionalizado em 2010, fabricado em Anápolis, Goiás, na unidade do grupo CAOA, somente com motor 2.0, perdendo o V6 2.7. Em 2012, o mesmo passa a ser flex. rendendo 142 cv com gasolina e 146 cv com álcool. Deixou de ser fabricado somente em 2018.


Segunda geração (ix35 - 2009-2015. No Brasil desde 2010)



Lançado no exterior em 2009, com estilo chamado de "Escultura Fluída", o ix35, a segunda geração do Tucson, que tinha a plataforma do terceiro Sportage, desembarcou no Brasil em 2010, ainda importado direto da Coreia do Sul, em três níveis de equipamento, com motor 2.0, ainda somente a gasolina de 166 cavalos. A versão básica já tinha encostos de cabeça ativos na frente, sensor de luminosidade, volante multifunção com ajuste de altura, trio elétrico, revestimento parcial em couro, rádio/CD com entradas USB e auxiliares, airbag duplo e freios ABS com EBD (numa época em que estes itens ainda não eram obrigatórios). A tração era dianteira e o câmbio manual. O automático de seis marchas era opcional. A versão intermediária trazia entrada sem chave com botão de partida (Start/Stop), cabo para conectar iPod, ajuste elétrico no banco do motorista, sensores de obstáculos traseiros e ar digital de duas zonas. A tração integral era opcional, mas não estava disponível para a versão completa que vinha com teto solar panorâmico, airbags laterais e de cortina, controle de estabilidade (ESP) e câmera traseira para manobras. 


Face-lift (2015)




O motor flex 2.0 de 169 e 178 cv foi adotado em 2012, um ano antes da nacionalização do ix35 em Anápolis. O modelo nacional perdeu itens como os airbags laterais e de cortina, controles de estabilidade e tração e o ar condicionado digital. Mas os equipamentos voltaram no face-lift de 2015, exceto os airbags extras. Ganhou também DVD e navegador, mas eram opcionais. Só que o motor ficou mais fraco, com 157 e 167 cv.   

Terceira geração (2015-2020. No Brasil desde 2016)




A terceira geração finalmente introduziu o motor 1.6 turbo de injeção direta no Brasil, com 177 cavalos (movido apenas a gasolina), e já chegou nacionalizada, ao contrário das duas gerações anteriores, inicialmente importadas. Por isso, demorou. O câmbio é automatizado de sete velocidades e dupla embreagem. Voltaram os airbags laterais e de cortina, além do teto solar panorâmico, e entraram o espelhamento do multimídia com celulares Android e Apple, o detector de ponto cego, a abertura do porta-malas por sensor e os faróis em LED com facho autodirecional em curvas. 


Face-lift (2019, somente no exterior)




Para os mercados europeu, asiático e norte-americano, o Tucson de terceira geração ganhou um face-lift que ainda não chegou ao Brasil, com grade em novo formato mais apertado, faróis com nova assinatura em LED e novo painel interno, com tela multimídia destacada. Nos Estados Unidos, o Tucson perdeu o motor 1.6 turbo e o câmbio automatizado DCT, ficando somente com o 2.0 (164 cv) e o 2.4 (181cv) de injeção direta e um câmbio automático autêntico de seis marchas. Na Europa, o motor a diesel 2.0, ainda com turbo, ganhou um pequeno motor elétrico de 48v e bateria de íons de lítio. Em ambos os mercados ganhou sistema de frenagem automática. 

Quarta geração (2020)



A quarta geração, já considerada como linha 2022, adota o conceito "Dinâmica Paramétrica", marcados por linhas pontudas nos faróis, vincos, colunas e lanternas traseiras. As luzes diurnas de LED se misturam às tramas da grade. Já o interior é chamado de InterSpace e tem a parte superior e toda a zona central flutuantes em vez da tela multimídia. Além do quadro de instrumentos eletrônico e do ar condicionado de três zonas (os dois da frente operados por toque), adota novas tecnologias como aplicativo de celular que destrava o carro, monitora o nível de combustível. Também ganhou detector de ponto cego em todos os ângulos, frenagem automática durante conversão, alerta de colisão de tráfego cruzado traseiro, airbags entre os bancos dianteiros e até estacionamento remoto. A motorização reforça a hibridização leve já presente na versão europeia da anterior geração e se estende aos motores a gasolina. Também haverá um híbrido mais forte, somente com motor a gasolina, inicialmente sem recarga na tomada, mas futuramente também plug-in, e uma versão esportiva da divisão N. No Brasil ainda não se fala no seu lançamento. 


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO