Sedã médio que acabou de ser revelado em sua sétima geração, com 4,67m de comprimento, o Hyundai Elantra foi apresentado na Coreia do Sul em 1990, com linhas retas e trinta centímetros mais curto. Sucessor do Stellar, usava motores 1.5, 1.6 e 1.8 com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro. Em alguns mercados, incluindo o seu país-natal, era chamado de Avante. Na Europa, as duas primeiras gerações eram chamadas de Lantra.


1a Geração (J1 - 1990-1995. No Brasil em 1992)

O Elantra chegou ao Brasil em 1992, junto com a representação da Hyundai no país, já com o primeiro face-lift que colocou o emblema da marca no centro. Oferecia apenas o motor 1.6 de 114 cavalos e câmbio manual de cinco marchas. Ganhou um novo face-lift, mais profundo, que deixou os faróis mais arredondados, a grade mais fina e lanternas em formato de L, em 1995. 







2a Geração (J2 - 1995-2000. No Brasil em 1996)

No ano seguinte, no entanto, veio a segunda geração, de carroceria inteiramente arredondada, sem grade entre os faróis e 4,42m de comprimento, que viria a dar origem ao Coupé em 1997. Também teve uma versão perua (Wagon), que chegou a ser vendida aqui, mas só até 1998. Sedã e perua chegavam com motor 1.8 de 128 cv.  O modelo vendido no exterior teve um face-lift em 1999, com faróis maiores e duas aberturas na grade, que não veio para cá. Neste mesmo ano, a CAOA assumiu a representação da marca sul-coreana em nosso país.













3a Geração (XD - 2000-2005. No Brasil em 2001)

A terceira geração, aqui em 2001, voltou a ter linhas retas (apenas o teto era arredondado), com lanternas traseiras verticais inclinadas e uma curiosa frente de faróis trapezoidais de máscara escura com refletores transparentes (uma moda na época), além da grade estreita. Já oferecia ar condicionado digital (que era opcional, já que o modelo da foto abaixo conta com ar manual) e ponto da chave iluminado. Na Europa, onde enfim assumiu o nome Elantra, teve uma versão fastback. 





4a Geração (HD - 2006-2010. Não foi vendida no Brasil)

A quarta geração, de 2006, voltava a ter linhas arredondadas, mas não chegou a ser vendida aqui (e nem na Europa). Ainda chamado de Avante na Coreia do Sul, teve, em 2009, uma versão híbrida chamada LPI, com motor 1.6 e outro elétrico de 15kw, além da bateria de íon-lítio.





5a Geração (MD/UD (para modelos fabricados nos Estados Unidos) - 2010-2015. No Brasil em 2011)

O Elantra só voltou ao nosso mercado (e também na Europa) na quinta geração, em 2011, ainda arredondado, com faróis verticais ondulados e lanternas que se estendiam até as laterais, motor 1.8 de 148 cavalos, painel com parte central vertical e ondulada e tela multimídia. Dois anos depois, o motor 1.8 foi trocado por um 2.0 Flex de 169 cavalos com gasolina e 178 cv com álcool e em 2014 ganhou um face-lift com mudanças no friso da grade e no para-choque. Por dentro, as saídas de ar centrais do painel subiram, se tornaram verticais e passaram a ladear a tela multimídia. Chegou a ter uma versão cupê (de duas portas) apenas no exterior. 











6a Geração (AD - 2015-2019. No Brasil em 2016)

A sexta versão praticamente manteve as linhas da anterior, mas a grade cresceu, se tornando hexagonal e estendida ao para-choque, com faróis mais horizontais e arredondados. As lanternas ficaram menos onduladas. O painel interno ganhou desenho mais horizontal, com parte central  trapezoidal. Chegou aqui em 2016 com motor 2.0 Flex menos potente: 157 e 167 cavalos. No exterior teve motores 1.4 e 1.6 turbinados. No ano passado, ganhou um face-lift, que não chegou ao Brasil, com faróis triangulares e grade em forma de diamante. A traseira recebeu um prolongamento desalinhado e tampa do porta-malas sem a placa de licença, deslocada para o para-choque. 








7a Geração (CN7 - 2020. Sem previsão para o Brasil) 

Apresentada há algumas semanas, a sétima geração cresceu de porte e mudou radicalmente de perfil, trocando as linhas arredondadas pelas angulosas, com muitos vincos e relevos, fazendo parecer até que tem um rabo de peixe. Também está mais próximo de um fastback. A grade ficou ainda maior e com tramas tridimensionais, enquanto os faróis assumiram forma de bumerangue. Por dentro, o painel ficou minimalista ao adotar quadro de instrumentos eletrônico e tela multimídia, ambos em forma de tablet. 


Destaque para o sistema que conecta as funções do carro ao smartphone, fazendo dele a chave do veículo, além de carregador sem fio, internet a bordo, comando de voz para o sistema multimídia, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, câmera de ré e 360º, assistente de farol alto, alerta de atenção para o motorista, alerta de ponto cego com atuação automática, piloto automático adaptativo (ACC), assistente de mudança de faixa, entre outros.


Na motorização, o novo Elantra terá um 2.0 a gasolina de 149 cavalos e uma versão híbrida, combinando um propulsor elétrico com um 1.6 de ciclo Atkinson. Apresentado em meio a "pandemídia" de coronavírus, originada na China comunista, tem lançamento programado para o final do ano e sua vinda para o Brasil é incerta. 


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO