Depois de quatro anos premiando apenas marcas, a Autoesporte volta a dar o título Verde a um modelo e o escolhido foi o elétrico Nissan Leaf, que teve a sua segunda geração lançada no Brasil este ano. A primeira só esteve aqui emprestada para taxistas e a polícia, como avaliação. 

O Nissan Leaf continua com estilo hatchback, só que agora mais elegante. com traseira mais inclinada, teto de cor diferenciada e efeito de teto flutuante. A carroceria tem 4,48m de comprimento, por 1,79m de largura e 2,70m de distância entre-eixos. O porta-malas tem capacidade para 435 litros. 

O interior é todo preto, com painel de desenho mais realista, semelhante ao Kicks, sem deixar de ser moderno, como no quadro de instrumentos parcialmente eletrônico, com informação sobre a carga da bateria e a autonomia. O do anterior era futurista e todo branco. 


Ele vem equipado com ar condicionado digital, seis airbags, sistema multimídia com Apple e Android, controles de tração e estabilidade, piloto automático adaptativo, alerta e assistente de manutenção em faixa, frenagem de emergência, controle inteligente de velocidade, alerta de ponto cego, câmera 360º, alerta de atenção do motorista, alerta de tráfego transversal traseiro em manobras, sistema de monitoramento de pressão dos pneus e engates ISOFIX. Até novembro custava R$ 195 mil, bem mais caro que os R$ 128.530 pedidos pelo Prius, que é híbrido. 

O Leaf tem um motor elétrico, equivalente a 149 cavalos e 32,6 kgfm de torque. O câmbio é automático de apenas uma marcha, como no Toyota Corolla Hybrid. A bateria de íons de lítio laminada tem capacidade para 40 kWh. A autonomia varia entre 241 e 389 km.


A recarga total em tomada comum demora de 20 a 40 horas, mas nos postos de carregamento leva apenas de 6 a 8 horas. Mas leva apenas 40 minutos para chegar aos 80%. O Leaf tem duas tomadas no capô, uma para cada tipo de carregamento. Além disso, tem o sistema de regeneração e-Pedal, que permite ao motorista conduzir o veículo em percursos urbanos apenas com o uso do pedal do acelerador. O modelo também três modos de condução: o modo normal D, Eco - que limita bastante o desempenho - e o B, que usa frenagem regenerativa mais potente. 

O Nissan Leaf superou o Toyota Corolla Hybrid, o Volvo S60 T8, o Jaguar I-Pace, eleito Carro do Ano na Europa este ano, e o Chevrolet Bolt, que ainda não chegou, de fato, ao mercado. 

É o segundo título da Nissan, que já ganhou como Marca Verde 2016 e se isola como segunda maior vencedora da categoria. O Leaf é o segundo modelo realmente verde, elétrico ou híbrido, a ganhar o título sozinho. O primeiro foi o Ford Fusion Hybrid em 2012. Em 2017 (válido como 2018), o Prius foi determinante para o título da Toyota como Marca Verde. A maior vencedora continua sendo a Volkswagen, curiosamente com três hatches compactos movidos a combustão (flex): Gol, Polo antigo e Fox. 



Outros vencedores:

2020 - Nissan Leaf
2019 - BMW
2018 - Toyota