Lançado na França em 1956, após cinco anos de desenvolvimento, o Renault Dauphine foi o substituto do 4CV - conhecido no Brasil como rabo-quente

Diferente do seu principal rival em qualquer lugar do mundo, o Fusca, o Dauphine era um pequeno três volumes de quatro portas, chassi monobloco, leve, barato, confortável, seguro e principalmente econômico, comprovado pelo seu consumo de 15 km/litro.

Tinha 3,95m de comprimento, largura de 1,52m e distância entre-eixos de 2,27m. Os seus pontos fracos eram o espaço interno traseiro e o desempenho proposto pelo pequeno motor de 845 cm³ e 31 cavalos. Com este mesmo motor, ele chegou ao Brasil em 1959, fabricado pela Willys-Overland, em São Bernardo do Campo.


De tão leve, acabou se tornando um carro de baixa durabilidade. Os mais maldosos o apelidaram de "Leite Glória", cujo slogan era "desmancha sem bater". Em 1962 surgia a versão Gordini. O nome vinha do preparador de carros de corrida francês Amedéo Gordini. A versão já tinha sido lançada na Europa em 1957 com motor de 37 cv.

Aqui o Gordini já chegou podendo alcançar 40 cavalos. Enquanto o Dauphine suava para chegar aos 118 km/h, o Gordini já alcançava os 125.


Três anos depois, o governo brasileiro criava uma linha de crédito para a população realizar o sonho do carro novo. Através da Caixa Econômica, os modelos eram equipados com o mínimo de equipamentos.


Nasciam o carro popular e versões despojadas como o Fusca Pé-de-boi, a Vemaguete Pracinha e o Gordini Teimoso. Este, por exemplo, não tinha lanternas, retrovisores, marcador de combustível e os assentos dos bancos eram tecidos dobrados. Já na quarta geração de modificação mecânica, o Gordini era substituído pelo Corcel em 1968.


TEXTO E FOTOS DA MINIATURA: GUSTAVO DO CARMO


FOTOS DO MODELO REAL: DIVULGAÇÃO

Em 2006, inaugurei oficialmente, no então Fotolog Guscar, a seção História em Miniatura com este Renault Dauphine, um carro que fez história tanto na Europa quanto aqui no Brasil. Sobre a foto de um modelo da minha coleção de miniaturas, escolhido aleatoriamente, a proposta sempre foi fazer uma história bem resumida. Com o tempo, acabei aumentando o texto e mostrando outras poses de foto. Na época a foto foi feita com o meu primeiro celular com câmera: um Motorola C650. A partir da edição com a Opel Kadett Caravan, passei a trabalhar com câmera digital propriamente fotográfica. Com a mudança do Guscar para este blog tentei reprisar os melhores textos publicados nos fotologs e no antigo Gustacar, mas desta seção História em Miniatura, só consegui reprisar este texto do Dauphine, que eu reapresento mais uma vez, agora com fotos melhores, produzidas e com um celular, que tem câmera com mais definição que a minha antiga câmera digital, já aposentada. Abaixo, a foto original, tirada com o velho Motorola.


Outra curiosidade: é por causa desta colcha da cama, que já rasgou e foi jogada fora, que o logotipo do Guscar tem fundo azul e letras amarelas. Se der para reparar, o fundo do antigo logotipo é um detalhe da colcha.