Sedã do Golf há seis gerações (na terceira e quarta foi chamado de Vento e Bora, respectivamente), o Jetta é mais popular em mercados americanos, como México e Estados Unidos, onde a Volkswagen não investe tão rapidamente como na sua Europa natal. Por isso, somente agora, o Jetta chega à sua sétima versão, com a mesma plataforma modular MQB do hatch que lhe deu origem, cuja atual geração foi lançada em 2012.



Curiosamente, o novo Jetta apresentado no último Salão de Detroit, em janeiro, não tem praticamente nenhuma semelhança visual com o Golf. O sedã tem a frente parecida com a do Passat e a parte traseira (incluindo lateral) inspirada no Virtus, compacto derivado do Polo lançado recentemente no Brasil, que será pauta das próximas matérias do Guscar.



A grade termina embaixo dos faróis emoldurados por LED, a lateral tem o terceiro vidro na coluna e as lanternas são horizontais e pontiagudas, lembrando também os sedãs da Audi. O comprimento aumentou de 4,66 para 4,70m e a distância entre-eixos agora é de 2,68m (antes 2,65m). A altura diminuiu um centímetro, sendo agora de 1,46m, e a largura se mantém em 1,80m. 



O interior, que ficou mais espaçoso, embora ofereça como opcional o quadro de instrumentos eletrônico presente desde o face-lift do Golf, também não tem familiaridade estética com o hatch. O painel tem um gabinete trapezoidal (onde fica a tela do sistema multimídia espelhável), as saídas de ar centrais são embaixo e os bancos têm acabamento diferenciado e ventilação nos dianteiros. Apesar do aumento das dimensões, o porta-malas continua com 510 litros. 



O novo Virtus... ops, o novo Jetta será equipado no mercado norte-americano com conexão com a internet, controlador de velocidade adaptativo com frenagem autônoma de emergência, alerta de veículo no ponto cego, assistente de manutenção de faixa e freios automáticos pós-colisão. Itens que a nova plataforma MQB agora permite instalar. Também são oferecidos assistente de farol alto e som premium Beats de 400 watts. 



Na mecânica, o único destaque é o aumento de marcha do câmbio automático de seis para oito. O manual continua sendo de seis velocidades. O motor 1.4 TSI passa a render 150 cavalos no mercado norte-americano (antes tinha 140 cv). Posteriormente será lançado o 2.0 16v e talvez um motor 2.0 TSI. 



Nos Estados Unidos, diferente das globalizadas nomenclaturas Trendline, Comfortline e Highline que a gente conhece, as versões são chamadas de S, SE, SEL e SEL Premium, além do pacote esportivo R-Line. Aqui no Brasil, o novo Jetta deve chegar somente no ano que vem, importado do México, podendo ser apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em novembro. 

O Volkswagen Jetta, que deixou a plataforma PQ35 da quinta geração, finalmente se modernizou e sincronizou a sua base com o Golf, mas vai voltar a ficar fora de sintonia a partir do final do ano que vem, quando o hatch ganhará nova geração. 



TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO