O Passat CC nasceu em 2008 para ser o cupê de quatro portas do tradicional sedã da Volkswagen. Perdeu o nome do seu "pai" no face-lift de 2012 e agora está sendo substituído pelo Arteon, derivado da atual geração do Passat, de 2015, com a plataforma modular MQB. A marca alemã, entretanto, garante que o novo modelo é mais luxuoso que o antecessor e não o substituirá. De fato, ele é maior que o CC: tem 4,86m de comprimento (contra 4,80m), 1,87m de largura (1,85m), 1,43m de altura (1,42m) e 2,84m de distância entre-eixos (2,71m). Mas ainda não há planos de um verdadeiro substituto do CC. 




Para fazer jus ao CC, o Arteon ganhou diferenciais como um estilo mais dinâmico - tanto em formato de carroceria (fastback de cinco portas, como o Audi A5 Sportback) quanto visualmente (grade e para-choque são bem mais ousados que o sedã) - e novos recursos de tecnologia, com grande destaque para a evolução do alerta de fadiga, que não só mostra a xícara de café como também vibra, apita e, esta sim a grande novidade, reduz a velocidade do veículo, levando-o automaticamente para o acostamento até parar totalmente caso o motorista não demonstre reação, como é o caso de um desmaio ou mesmo cair no sono de vez. O problema será se ele parar nas estradas com risco de assalto no Brasil.

O sistema de iluminação em curva também foi aprimorado com a integração ao GPS para identificar uma curva e direcionar o refletor antes do motorista virar o volante. Já o piloto automático adaptativo age conforme os limites de velocidade e dados de trânsito das vias.


Além da tecnologia semi-autônoma, o Arteon oferece quadro de instrumentos virtual, sistema multimídia com tela de 9,2 polegadas operado por gestos e head up display. Todas as versões vêm de série com luzes traseiras de LED, faróis de LED com luzes diurnas, rodas de alumínio, acesso ao Keyless Go, portas em aço inoxidável, sistema Compositon Media de infotainment, incluindo oito alto-falantes, AUX-IN e USB, sistema de ar condicionado controlado eletronicamente, volante multifunções de couro (com shifters de nos modelos DSG), assentos dianteiros com ajustes elétricos em seis direções, sistemas de assistência e manuseio do condutor. Há ainda sistema de direção progressiva e sistema de alerta ao motorista (o básico).

Arteon R-Line
Arteon Elegance

As dimensões avantajadas aumentaram o espaço interno e a capacidade do porta-malas que passou de para 563 litros (expansíveis para 1.557 litros com o encosto do banco traseiro rebatido) contra 452 litros no CC.



O Arteon tem seis opções de motores. Três são a gasolina, todos novos: o 1.5 TSI de 150 cavalos (que estreou no face-lift do Golf) e o 2.0 TSI de 190 e 280 cavalos. Os outros três são movidos a diesel, todos 2.0 TDI com 150, 190 e 240 cv. Todos utilizam o automatizado DSG de 7 velocidades, mas no 1.5 TSI e nas duas menores potências do diesel, ele é opcional, sendo de série o manual de 6 marchas. Já a tração é integral (4Motion) apenas no motor a gasolina mais potente e nos dois diesel mais fortes, sendo que no de 190 é opcional. A tração deste e no restante é dianteira.

Arteon Elegance

Arteon R-Line

Não foram informadas a distribuição de versões para as motorizações, mas o Arteon será vendido a partir de junho, fabricado em Emden, na Alemanha, nas versões básica, Elegance (de acabamento luxuoso, com detalhes de madeira no painel) e R-Line, de acabamento esportivo e para-choque diferenciado. É o amarelo das fotos. Comparado ao antigo CC, o Arteon é realmente uma obra de arte, que combina com o seu nome.


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO