TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Originalmente publicado em 11 de abril de 2016


Em dezembro de 2015, eu apresentei, aqui no Guscar, a nova geração do sedã Volvo S90, sucessor do S80, já mencionando a versão perua que ainda seria lançada sobre a mesma plataforma modular SPA. E aqui está ela: a V90, um modelo para honrar a tradição da marca sueca neste tipo de carroceria.

Cada perua da história da Volvo teve a sua personalidade, mesmo a maioria tendo linhas retas e traseira vertical, como a 760, 850 e 960. Algumas até tiveram linhas arredondadas, como a V40, V50 e a V60. A V90 inscreve o seu nome na história com um estilo próximo do "shooting brake", mais esportivo e de teto baixo. As lanternas representam uma outra ousadia: um complexo L, que começa no vidro traseiro, invade a lateral e termina na tampa do porta-malas, com vincos convexos e a placa de licença entre elas. A designação VOLVO aparece próxima ao vidro. O resultado ficou um pouco poluído. O restante é igual ao do S90.


A V90 é dois centímetros mais curta que o S90. Tem 4,94m contra 4,96m. Por outro lado, ela é mais alta: 1,48m contra 1,44m do sedã. Já a largura (1,89m) e distância entre eixos (2,94m) são as mesmas.

No interior, a única diferença é a capacidade do porta-malas, com natural vantagem para a V90: 560 litros. O S90 tem 500 litros. E também mais arranjos no bagageiro, além de um fundo falso. De resto, tudo igual, inclusive no painel de tela multimídia vertical na nomenclatura de versões, motores e equipamentos.


Entre estes estão o novo sistema de condução semi-autônoma Pilot Assist, que mantém o carro na faixa correta em velocidades de até 130 km/h, controlando acelerador, freios e direção, mesmo que não haja um carro à frente. É mais passo na direção 100% autônoma. O já conhecido City Safety, de frenagem automática, agora reconhece passantes de maior porte, como vacas, cavalos e alces, e para o carro num espaço menor. Também tem reconhecimento noturno.



V90 e S90 têm motores a diesel e a gasolina, que só se diferem na potência, pois todos são de quatro cilindros, 2.0, turbo de injeção direta. Os a diesel são chamados de D4 (190 cv) e D5 (235 cv) e têm as versões Kinetic (exceto o D5), Momentum e Inscription. Os movidos a gasolina têm a nomenclatura T5 (254 cv) e T6 (320 cv). O câmbio também é único: automático de oito marchas. As versões D5 e T6 possuem tração integral. Posteriormente chegará a versão híbrida, chamada T8 Twin Engine, com o motor de 320 cv e mais um elétrico de 80 cv, com bateria plug-in ligada ao virabrequim. 

O S90 deve chegar ao Brasil este ano. Mas a vinda da V90 é completamente incerta, beirando o inviável.