TEXTO (TRECHOS DO TEXTO ORIGINAL): GUSTAVO DO CARMO E MÁRIO COUTINHO LEÃO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

Lançamento Nacional - Ford Edge (1.314)



Um dos modelos ícones do conceito de crossover, misto de perua e utilitário esportivo, o Ford Edge teve a sua segunda geração apresentada há dois anos. No texto de apresentação internacional, em 2014, eu encerrei dizendo que a sua vinda ao Brasil dependeria do ritmo de produção no Canadá e dos custos de importação.

Parece que o modelo demorou bastante, mas eu disse que ele só chegaria ao mercado norte-americano este ano, 2016. Se levarmos em consideração também a crise político-econômica em que vivemos, até que não demorou muito. Mas o Edge chegou ao país bem mais caro: na faixa dos 220 mil reais (R$ 229.900 para ser mais exato), em versão única (Titanium) e com o mesmo motor V6 3.5 das outras gerações.

Com o seu jeito de monovolume, o crossover Peugeot 3008 ainda era moderno. Mas carregava uma filosofia estética da marca francesa e uma plataforma ultrapassadas. Por isso, ganhou uma nova geração (a segunda) com plataforma modular EMP2, mais leve, e um estilo atualizado, mais próximo de um verdadeiro utilitário esportivo, que o 3008 sempre pretendeu ser. 

O novo Peugeot 3008 vai enfrentar, na Europa, concorrentes como o Renault Kadjar, o Seat Ateca, Ford Kuga, Hyundai Tucson e o nosso conhecido Kia Sportage. Para isso, a carroceria ficou maior, com o comprimento passando de 4,37m para 4,45m. A distância entre-eixos passou de 2,60m para 2,67m. Só a largura se manteve em 1,84m e a altura em 1,62m.


O face-lift do Chevrolet Tracker já chegou ao Brasil, com novo painel, quadro de instrumentos analógico, novo sistema multimídia e em duas versões. Mas em maio, eu já apresentava o modelo, apostando no lançamento para dezembro. Acertei. 

A importação do México, com cotas limitadas a 12 mil unidades por mês, intimidou a participação do Chevrolet Tracker no selvagem mercado dos utilitários esportivos compactos, disputado no Brasil por Ford Ecosport, Renault Duster, Honda HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008.

Desde 2013, quando chegou, não vendeu mais do que 15 mil unidades. Em abril do ano passado foi o quinto mais vendido com apenas 922 unidades. O quarto colocado, o Renault Duster, vendeu 1.932. Somente no final de 2015 ele ganhou a versão mais simples, a LT. 

A GM espera mudar a sua história e o Tracker terá uma segunda chance no mercado brasileiro com uma nova frente.



O Porsche Panamera foi lançado em 2009. E... olha como o tempo voa... já se passaram oito anos e a gente nem percebeu que estava na hora de uma nova geração para o primeiro cupê de quatro portas da marca alemã de Stuttgart, fabricante do igualmente lendário 911.

Na verdade, ele nem precisava. Seu estilo era perfeito. A segunda geração do Panamera serviu mais para aperfeiçoar o modelo, atualizar as tecnologias e trocar a plataforma, que agora é construída em alumínio e aço de alta resistência.



Em 2016, o Fiat Palio completou 20 anos. E tem na sua história uma liderança de mercado em 2014, destronando o Volkswagen Gol, líder por 26 anos. Pena que o reinado foi curto. No ano passado foi superado pelo Chevrolet Onix. 

O Palio chegou ao mercado entre maio e junho de 1996 e em duas versões de acabamento e motor, ambas com três ou cinco portas. A top de linha 16V tinha o motor 1.6 com quatro válvulas por cilindro e 106 cavalos, primeiro importado da Itália, depois fabricado na Argentina. Já o EL tinha motor Fiasa 1.5 de oito válvulas, o mesmo da linha Uno, mas com injeção eletrônica multipoint, rendendo 76 cavalos.



Em 2016, o Ford Del Rey completou 35 anos de lançamento. Não chegou a ser um campeão de vendas, mas encantou o mercado com o seu conforto, o seu vistoso relógio digital e por ter popularizado os vidros elétricos. Dez anos depois, ele precisou ser substituído.

E assim nasceu o Versailles, que em 2016 teria completado 25 anos se ainda fosse fabricado (provavelmente com outra geração e plataforma) e 20 anos de fim de produção.

Foi lançado em julho de 1991, em duas versões de acabamento e três opções de motorização: GL 1.8 e 2.0 e Ghia 2.0, com ou sem injeção eletrônica.


História em Miniatura - Ford Vedette (656)

Foto: Gustavo do Carmo 


A princípio, o Ford Vedette foi apenas mais um modelo europeu dos anos 40/50. Na verdade, seu projeto é norte-americano, datado de 1941. Daí suas linhas arredondadas, com teto curvado, capô alto, cheio de ressaltos, e para-brisa dividido, que são características desta década. 

O projeto 92A, de um sedã fastback de quatro portas, com a traseira de abertura suicida (para trás), foi comprado pela filial francesa da marca americana, chamada Ford S.A.F. (Societé Anonyme Française), criada em 1928 por Maurice Dollfus, a partir da importadora Ford Automobiles France, esta de 1916.

Por causa da Segunda Guerra Mundial, a fábrica da Ford SAF, em Poissy, só produziu caminhões e veículos militares durante a ocupação nazista. Somente em 1948, o 92A pôde ser produzido lá e lançado no Salão de Paris, com o nome de Vedette, que fazia referência, ao mesmo tempo a um sentinela de cavalaria e às dançarinas de cabarés, como o famoso Moulin Rouge, que se destacavam nas apresentações. E o Vedette nasceu pra ser destaque.


Mário Coutinho Leão - Suzuki GSX-S (1.533)


Por Mário Coutinho Leão

Finalmente uma opção à Kawasaki Ninja 1000. A mesma "patada" mas com suavidade e conforto para garupa. Assento largo, posição de pilotagem relaxada e muita força em qualquer marcha logo que passam as 5.000 rpm. Pinças de freio Brembo com ABS fecham as credenciais para uma boa jornada. Embora a Suzuki tenha um apresença tímida no mercado por culpa da empresa que a representa no País (JTA), alguns importadores independentes perceberam que a marca tem potencial e produtos convincentes.


No lugar de tentar brigar por segmentos mais baratos, a decisão dos novos empreenderores é focar nos nichos de cercado com clientes mais exigentes e, claro, mais abonados. Daí a estratégia de ficar "acima dos R$40.000", de acordo com os lojistas que apresentaram a nova GSX-S 1000F. A ideia é colocá-la R$3.000 abaixo dos R$54.000 da Kawasaki Ninja 1000.

Comparativo - Hatches Médios (1.800)



Quando chegou ao Brasil em 2013, importado da Alemanha, o Golf ainda era novidade. Por isso venceu fácil o Chevrolet Cruze e o Fiat Bravo em um comparativo naquele ano. Do Focus nem se fala, pois participou com motor 1.6. Agora, fabricado no país, já envelhecendo e com os concorrentes já modernizados, a vitória do Golf foi bem mais dura e nos critérios de desempate. Desta vez, o Focus participou com o motor correto.


Depois de duas presenças seguidas na seção Em Breve no Brasil com o SUV Koleos e a picape Alaskan, a Renault volta ao seu devido lugar, na Baba, Brasil!, com o Mégane Sedan. Como a marca francesa tem priorizado os populares da Dacia e investirá nas picapes e SUVs, tão cedo não veremos o sucessor do Fluence no país.




Ao ser levemente reestilizado, o Volkswagen Gol enfim ganhou o motor 1.0 de três cilindros que os seus primos Fox e Up! já usavam. Por isso o comparei com quatro concorrentes, dois deles com motor de três cilindros: o Ford Ka e o Hyundai HB20. Mesmo sendo o de projeto mais antigo (a geração atual original data de 2008), o Gol venceu por quatro pontos sobre o segundo colocado, o Ka. O Hyundai, já com o face-lift de 2015, ficou em terceiro. O quarto colocado, Chevrolet Onix também ganhou uma nova frente, mas manteve o motor de quatro cilindros. No nosso comparativo ainda participou com a frente antiga, mantida no mercado na versão Joy. Já o Palio foi o último colocado com o mesmo motor 1.0 de quatro cilindros e o mesmo visual de 2011, sem nenhuma mudança na grade. Enquanto o Uno e o Mobi estão com o novo propulsor Fire Fly, o Palio aguarda o seu sucessor no projeto X6H, que também deve matar o Punto.