TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
DADOS DE TESTE: REVISTA QUATRO RODAS
DADOS DE NÍVEL DE RUÍDO: REVISTA CARRO


Em março, o Volkswagen Gol, ex-campeão de vendas que reinou por 26 anos, aderiu ao clube dos três cilindros, iniciado no atual mercado pelo Kia Picanto, depois o VW Fox, Hyundai HB20, Ford Ka e Nissan March. O novo motor 1.0 foi uma das novidades mais importantes da linha 2017, além do novo painel, do novo sistema multimídia e do quase imperceptível face-lift.

Agora, no primeiro comparativo do ano do Guscar, chegou a hora de colocar o Gol à prova frente aos principais concorrentes com o mesmo tipo de motor e considerando as versões completas: o próprio HB20 (que estreia em comparativos do blog com a nova grade) e o Ford Ka. Mas aproveitei e chamei também para o confronto os carros mais vendidos dos dois últimos anos: o Fiat Palio (2014) e o Chevrolet Onix, do ano passado. Ambos ainda usam o motor 1.0 de quatro cilindros. Coincidência ou não, ficaram atrás. O Nissan March ficou de fora por falta de dados.




5º Fiat Palio Attractive 1.0


Mais vendido de 2014, o Fiat Palio sentiu mais o peso do motor de quatro cilindros, o mais fraco dos cinco modelos do comparativo (rende apenas entre 73 e 75 cavalos, que proporcionou desempenho lento e consumo alto), do que da idade, embora o seu estilo de 2011 tenha ficado à frente apenas do Gol.

A aceleração de 0 a 100 km/h, obtida pela revista Quatro Rodas, é de "eternos" 19,9 segundos, com retomada entre 80 e 120 km/h em 37 segundos. O consumo de gasolina também é elevado: 9,9 km/l na cidade e 14,9 km/l na estrada.

Na frenagem (segurança) e no nível de ruído (conforto), o Palio também ficou atrás, mas dividiu tecnicamente a lanterna com outros modelos. Ele para a 80 km/h em 30,6 metros, 40 cm depois do HB20. Já o ruído de 62,2 decibéis foi um décimo melhor que o do Ka. A frenagem é da Quatro Rodas, mas os números de ruído são da revista Carro, que testa os veículos com álcool.

No acabamento, ele só consegue ser mais caprichado que o Onix, único que também supera na lista de equipamentos. A segunda geração do Palio com motor 1.0 só é vendida na versão Atractive, que custa R$ 41.780 e traz de série ar condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, computador de bordo, sistema follow me home (que mantém os faróis acesos por algum tempo) e lane change (aciona as setas automaticamente quando o carro muda de faixa). Som (que é apenas um simples rádio CD Player com MP3 e Bluetooth), vidros traseiros elétricos, faróis  de neblina, terceiro apoio de cabeça, retrovisores elétricos e rodas de liga-leve são opcionais. A série especial Best Seller reúne quase todos estes itens e sai por R$ 46.028, mas é incompatível com as rodas de liga. Para tê-las, é preciso abrir mão deste pacote e partir para o Evolution 2, mas o preço já salta para R$ 47.384, embora o mantenha em segundo lugar em preço (considerando as versões completas e com opcionais).

A crise econômica mexeu com a rede de concessionárias das marcas no Brasil. A Chevrolet foi a que mais sentiu e perdeu postos de revenda, passando a empatar em 600 concessionárias com a Fiat. O único destaque do Palio foi no espaço interno. Que venham muitas mudanças, porque ele precisa melhorar.

FICHA TÉCNICA 


Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 999 cm³, 8 válvulas
Potência: 73 cv (gasolina) e 75 cv (álcool) 
Torque: 9,5 kgfm (gasolina) e 9,9 kgfm (álcool) a 3.850 rpm
Câmbio: Manual de 5 marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 19,9 segundos (revista Quatro Rodas, com gasolina)
Retomada de 80 a 120 km/h: 37 segundos (Quatro Rodas, com gasolina) 
Velocidade máxima: 157 km/h (fabricante)
Consumo: 9,9 km/l na cidade e 14,9 km/l na estrada (Quatro Rodas, com gasolina)
Frenagem: 30,6 metros a 80 km/h (Quatro Rodas)
Ruído: 65,2 decibéis a 80 km/h (Carro, com álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 3,88/1,67/1,50/2,42 m
Porta-malas: 280 litros
Tanque: 48 litros
Preços: R$ 41.780 (Attractive básico) / R$ 47.384 (Attractive completo)
Cores: Branco Banchisa, Vermelho Alpine e Preto Vulcano (sólidas, sem custo) / Azul Netuno, Cinza Scandium e Tellurium (grafite), Prata Bari, Preto Vesúvio e Vermelho Oppulence (metálicas, R$ 1.251)



4º Chevrolet Onix LT 1.0


O carro mais vendido do ano passado ficou em quarto lugar. Mas o Chevrolet Onix vai ganhar um face-lift no final do ano ou mais tardar ano que vem, para refrescar o visual de 2012, quando foi lançado. Suas linhas ainda são atraentes, mas HB20 e Ka chamam mais atenção.

O maior atrativo da versão atual é o preço de R$ 45.290 da versão LT, já incluído o único pacote opcional, que custa R$ 2.000 e adiciona o sistema multimídia MyLink, que se limita ao rádio, reprodutor de música e fotos (sem memória interna) e sincronização do telefone celular e smartphone através do Bluetooth na tela de 7 polegadas no centro do painel. Junto com ele, vêm o controle do telefone e do áudio no volante e a antena externa.

De série, o Onix LT traz ar condicionado, direção hidráulica, follow me home, vidros dianteiros e travas elétricos, banco do motorista com regulagem de altura e abertura do porta-malas por controle remoto. Mas não disponibiliza vidros traseiros elétricos, faróis de neblina, computador de bordo, retrovisores elétricos e nem rodas de liga-leve, oferecidos em seus concorrentes. A versão básica LS custa R$ 39.190.

Além de melhorar a lista de equipamentos, espero que a mudança traga um novo acabamento, o pior entre os cinco, com muito plástico duro e montagem desalinhada. Nem o modesto painel digital (que, aliás, poderia ser trocado) ajuda.

O espaço interno é um dos piores ao lado do Gol. Assim como o consumo de 10,6 km/l na cidade e 15,4 km/litro na estrada, que só superou o Palio. Seu melhor resultado técnico foi na frenagem de 28,6 metros a 80 km/h, empatada em segundo lugar com o Gol. Já o desempenho (aceleração em 16,4 seg. e retomada em 31,5 seg.), ruído (64,3 decibéis), porta-malas (280 litros) são medianos. Ao lado do Palio, o Chevrolet Onix é um dos que ainda usam motor 1.0 de quatro cilindros (78 e 80 cavalos). Que a pequena reestilização traga um motor de três cilindros também.

FICHA TÉCNICA 

Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 999 cm³, 8 válvulas
Potência: 78 cv (gasolina) e 80 cv (álcool)
Torque: 9,5 kgfm (G) e 9,8 kgfm (A) a 5.200 rpm
Câmbio: Manual de 5 marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 16,4 segundos (Quatro Rodas, com gasolina)
Retomada de 80 a 120 km/h: 31,5 segundos (Quatro Rodas, com gasolina)
Velocidade Máxima: 167 km/h (fabricante)
Consumo: 10,5 km/l na cidade e 15,4 km/l na estrada (Quatro Rodas, com gasolina)
Frenagem: 28,6 metros a 80 km/h (Quatro Rodas)
Ruído: 64,3 decibéis a 80 km/h (Carro, com álcool) 
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 3,93/1,70/1,48/2,53 m
Porta-malas: 280 litros
Tanque: 54 litros
Preços: R$ 43.290 (LT básico) / R$ 45.290 (LT completo)
Cores: Branco Summit e Preto Global (sólidas, sem custo) / Prata Switchblade, Azul Sky e Cinza Graphyte (metálicas, R$ 1.350)  


3º Hyundai HB20 Comfort Style 1.0


Se o Palio e o Onix já pedem uma renovação, o Hyundai HB20 já ostenta a nova frente, com grade integrada ao para-choque, desde outubro do ano passado. Só as versões Comfort Style e Premium (exclusiva do motor 1.6) ganharam as lanternas Clear Type, com lentes transparentes. E só a Premium ganhou LEDs nos faróis, ar digital, estofamento marrom, o novo sistema multimídia espelhável e câmbio de seis marchas.

O primeiro modelo destes cinco a usar motor 1.0 de três cilindros foi o que ficou mais para trás, com o terceiro lugar. O propulsor também é o mais fraco dos três tricilíndricos e a sua potência de 80 cavalos com álcool é a mesma do Onix de quatro cilindros, mas o Chevrolet é mais potente com gasolina (78 a 75 cavalos). Isso também influenciou no desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h em 17,1 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 28,5 segundos). Em compensação, o consumo de 12 km/l na cidade e 17,5 km/l na estrada só perde para o Gol, assim como o acabamento interno.

O ruído de 62,4 decibéis a 80 km/h da revista Carro é o mais baixo, mas por causa da diferença de apenas quatro décimos, o Volkswagen também somou os cinco pontos pelo conforto. Absoluto de verdade é o volume de 300 litros do porta-malas. Mesmo com quatro anos e um face-lift, o estilo do HB20 ainda é o mais moderno.

O espaço interno é razoável, assim como o preço de R$ 47.895 da versão Comfort Style, a mais completa com motor 1.0, que não tem opcionais e vem equipada com ar condicionado manual, direção hidráulica, trio elétrico (inclusive para os vidros traseiros), gancho ISOFIX para cadeirinhas infantis, alarme, rádio com MP3, Bluetooth e comandos no volante, rodas de liga-leve, banco do motorista com regulagem de altura, volante com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, faróis de neblina e chave canivete. Bem equipado, mas Ka e Gol oferecem mais, mesmo que neste último a maioria dos itens seja opcional. Há também as versões Comfort (R$ 40.545) e Comfort Plus (R$ 43.745)

Além da potência e do desempenho, a frenagem de 30,2 metros a 80 km/h foi outro ponto fraco, mas não foi a pior. Ruim mesmo só a rede de 203 concessionárias da Hyundai, que ainda é pequena para um modelo que já está beliscando a liderança do mercado. 

FICHA TÉCNICA

Motor: Três cilindros, transversal, flex, 998 cm³, 12 válvulas
Potência: 75 cv (gasolina) e 80 cv (álcool)
Torque: 9,4 kgfm (gas) e 10,2 kgfm (álc) a 4.500 rpm
Câmbio: manual de cinco marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 17,1 segundos (revista Quatro Rodas, com gasolina)
Retomada de 80 a 120 km/h: 28,5 segundos (Quatro Rodas, com gasolina)
Velocidade máxima: 161 km/h
Consumo: 12 km/l na cidade e 17,5 km/l na estrada (Quatro Rodas, com gasolina)
Frenagem: 30,2 metros a 80 km/h (Quatro Rodas)
Ruído: 62,4 decibéis (Carro, com álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 3,90/1,68/1,47/2,50m
Porta-malas: 300 litros
Tanque: 50 litros
Preço: R$ 47.895 (Comfort Style)
Cores: Branco Polar, Prata Sand e Preto Onix (sem custo) / Azul Sky, Bronze Terra, Cinza Titanium e Prata Metal (esta metálica, R$ 1.100)


2º Ford Ka SEL 1.0


O ex-subcompacto Ka ainda não carece de um face-lift. Afinal, foi lançado em 2014. É o projeto mais novo, mas perdeu em estilo porque o HB20 é mais original. Só precisa de um novo painel, mais caprichado, que possa encaixar um sistema multimídia de verdade, daqueles com tela colorida, sensível ao toque e com espelhamento com o smartphone.

Seu motor 1.0 de três cilindros e doze válvulas (quatro por cilindro, como o Gol e o HB20) é o mais potente, rendendo 80 cavalos com gasolina e 85 cv com álcool. Isso lhe deu boa vantagem no desempenho, fazendo dele o mais rápido (0 a 100 km/h em 15,3 segundos) e o mais ágil (28,1 segundos de retomada entre 80 e 120 km/h). Mas não fez milagres no consumo de 11,5 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada, ficando apenas com o terceiro lugar na medição com gasolina da Quatro Rodas.

O Ka volta a se destacar na frenagem, obtendo a sua terceira vitória no comparativo, com 26,8 metros a 80 km/h. Já no espaço interno ele não é o melhor, mas comporta bem dois dos três passageiros de trás. O terceiro vai um pouco apertado. Pela sua dimensão (é o segundo menor dos hatches deste comparativo, com 3,88m de comprimento), oferecer bom espaço acabou sacrificando o volume do porta-malas, que ficou em apenas 257 litros, o menor de todos.

No ruído ele não se saiu bem, ficando com 65,3 decibéis medidos pela Carro, empatado tecnicamente com o Palio. Já na assistência de 558 concessionárias, só ganha da Hyundai.

O preço de R$ 48.140 também é um dos mais caros (considerando a versão top SEL), pouco abaixo do Gol, mas ele vence na lista de equipamentos por ser o único a oferecer controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa de série (mas só nesta versão). Só o Ka também tem direção elétrica. Ele ainda vem equipado de série com ar condicionado, trio elétrico (com vidros traseiros elétricos), alarme, chave canivete com controle remoto das portas, faróis de neblina, rodas de liga-leve, computador de bordo, sistema de mídia Sync (com uma telinha monocromática de 3,5 polegadas) com aviso ao SAMU e gancho ISOFIX.  O Ka 1.0 também tem as versões SE (R$ 41.990) e SE Plus (R$ 44.390), sem alguns destes equipamentos.

FICHA TÉCNICA 

Motor: Três cilindros em linha, transversal, gasolina, 997 cm³, 12 válvulas, VVT
Potência: 80 cv (gasolina) e 85 cv (álcool) 
Torque: 10,2 kgfm a 3.500 rpm (gas) e 10,7 kgfm a 3.500 rpm (álc)
Câmbio: Manual de cinco marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 15,3 segundos (revista Quatro Rodas, com gasolina)
Velocidade máxima: não divulgada
Retomada de 80 a 120 km/h: 28,1 segundos (Quatro Rodas, com gasolina)
Consumo: 11,5 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada (Quatro Rodas, com gasolina)
Frenagem: 26,8 metros a 80 km/h (Quatro Rodas)
Ruído: 65,3 decibéis a 80 km/h (revista Carro, com álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 3,89/1,70/1,53/2,49m
Porta-malas: 257 litros
Tanque: 51,6 litros
Preço: R$ 48.140 (SEL)
Cores: Branco Ártico, Vermelho Arpoador e Preto Ebony (sem custo) / Prata Dublin, Vermelho Merlot e Prata Riviera (R$ 1.300)


1º Volkswagen Gol Comfortline 1.0


A Volkswagen tinha uma carta na manga há três anos para o seu carro mais popular, o Gol. Tratava-se do motor EA211 1.0 de três cilindros e doze válvulas, criado para o Up! e estreado no Fox Bluemotion em 2013. Acabou guardando para uma eventual renovação. 

A marca alemã já poderia lançar uma nova geração do Gol. A atual data de 2008 e a cobertura do seu lançamento inaugurou o Guscar. Mas ela preferiu fazer um segundo face-lift. Como o padrão estético da Volks não mudou radicalmente desde a última mudança em 2012, parece que o Gol não mudou nada. No entanto, os canhões de luz dos faróis ficaram mais retilíneos. O para-choque dianteiro também ganhou um novo recorte. Atrás, o vinco da tampa do porta-malas ficou mais saliente. 

Mudança visual pra valer foi no interior. que ganhou um novo painel, com difusores de ar centrais retangulares, acabamento superior e um novo sistema multimídia conectável ao celular. Apesar do excesso de plástico duro, este padrão se tornou o melhor dos cinco, por causa da montagem. E somou pontos preciosos para o Gol voltar a vencer um comparativo, o que não acontecia desde 2008 (no último comparativo que participou, em 2014, ficou em segundo).

Assim, para promover o face-lift, a Volkswagen enfim lançou mão do novo motor tricilíndrico, que deu mais vigor ao seu ex-campeão nacional de vendas. A potência (75/82 cv) e o desempenho (aceleração em 16,5 segundos e retomada em 29,3 segundos) não são os melhores, mas deram-lhe oito pontos para garantir uma boa regularidade. Insuperável mesmo é a soma do consumo de 13 km/l na cidade e 17,2 km/l na estrada. 

Combinação do acabamento com o motor, o ruído interno de 62,8 decibéis (da revista Carro) é apenas quatro décimos mais barulhento que o Hyundai HB20, mas também vence por empate técnico. Já a frenagem em 28,9 metros, empata tecnicamente com o Onix em segundo. 

O porta-malas de 280 litros, embora já mereça uma capacidade maior, ainda é uma boa qualidade de um já envelhecido projeto de oito anos. Porém, o mesmo não posso dizer do espaço interno, tão apertado quanto o do Onix. A rede de 636 concessionárias da Volkswagen ainda é a maior do país, mesmo tendo reduzido nos últimos anos.

O custo-benefício do Gol é razoável. A versão Comfortline completa, que custa R$ 48.400, é a mais cara dos cinco modelos analisados aqui. Mas pela diferença de menos de 300 reais considerei empate técnico. Poderia ser a mais equipada, mas não é. O Ka tem controles eletrônicos de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa e consegue ser um pouco mais barato. 

O Gol Comfortline básico custa R$ 42.690 e tem de série ar condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros e travas elétricos, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, com rádio, MP3, Bluetooth e entrada para chip de memória. Computador de bordo com controle de economia, alarme, chave com controle remoto, retrovisores elétricos, rodas de liga-leve, tampa do porta-malas com abertura elétrica e vidros traseiros elétricos são opcionais. Só o Gol tem sensor de estacionamento traseiro, que também está neste pacote extra. Incluindo o novo sistema multimídia Connect com espelhamento com o smartphone e navegador é que chegamos ao preço de R$ 48.400.

Se eu considerasse as versões básicas destes modelos, o vencedor continuaria sendo o Gol, mas o HB20 Comfort roubaria o segundo lugar do Ka SE. É que o Gol Trendline custa R$ 34.890 e seria o mais barato, deixando o Onix LS em segundo. Mas o ar condicionado do Volks básico é opcional. O mais equipado seria o Hyundai.  

Não é a primeira vez que um modelo mais antigo vence um comparativo do Guscar. Em 2011, uma vitória do Chevrolet Celta sobre o Gol e os então recém-lançados Uno e March rendeu muita polêmica e comentários negativos. Se venceu é porque tem qualidades. O Gol também está reagindo no mercado. Ficou em terceiro lugar na primeira quinzena de abril. Mas é bom que a Volkswagen não se acomode e lance logo a nova geração. 


FICHA TÉCNICA 

Motor: Três cilindros em linha, transversal, gasolina, 999 cm³, 12 válvulas
Potência: 75 cv (gasolina) e 82 cv (álcool) 
Torque: 10,2 kgfm a 3.500 rpm (gas) e 10,7 kgfm a 3.500 rpm (álc)
Câmbio: Manual de cinco marchas
Aceleração de 0 a 100 km/h: 16,5 segundos (revista Quatro Rodas, com gasolina)
Velocidade máxima: 175 km/h
Retomada de 80 a 120 km/h: 29,3 segundos (Quatro Rodas, com gasolina)
Consumo: 13 km/l na cidade e 17,2 km/l na estrada (Quatro Rodas, com gasolina)
Frenagem: 28,9 metros a 80 km/h (Quatro Rodas)
Ruído: 62,8 decibéis a 80 km/h (revista Carro, com álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 3,90/1,66/1,46/2,46m
Porta-malas: 280 litros
Tanque: 55 litros
Preço: R$ 42,690 (Comfortline básica) / R$ 48.400 (Comfortline completa
Cores: Branco Cristal e Preto Ninja (sólidas, sem custo) / Vermelho Flash (sólida, R$ 400) / Prata Tungstênio e Sirius, Cinza Platinum e Azul Night e Lagoon (R$ 1.310)