TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
Publicado originalmente em 28/06/2015
Sem atualização


Recentemente, a Mercedes anunciou a mudança de nomenclatura de seus crossovers, cupês e roadsters, de acordo com a plataforma dos sedãs tradicionais da marca alemã (A, C, E e S). Um exemplo é o roadster SLK que vai passar a se chamar SLC. Alguns já estavam adaptados, como o crossover GLA e o cupê de quatro portas CLA, derivados do Classe A. O luxuoso Classe S vai se chamar Maybach. O roadster SL vai manter o nome por causa da tradição de seus mais de 60 anos. 

Não será uma mudança brusca. À medida que os modelos forem reestilizados totalmente ou parcialmente mudarão de nome. O Classe M já virou GLE com um face-lift. Agora é a vez do quadradíssimo GLK dar lugar ao elegante GLC, derivado do sedã Classe C.


Mercedes GLK

O novo GLC está bem maior (comprimento passou de 4,54 para 4,66m) e trocou a aparência de jipe por de uma perua, como podemos perceber nas linhas prolongadas, ainda retas, mas suavizadas, e na caída da terceira janela lateral, que lembra a Classe C Estate. A frente tem grade pronunciada e os faróis afilados do GLA. Na traseira, as lanternas horizontais remetem ao estilo do recém-lançado GLE Coupé e do AMG GT.




O interior bem refinado, de painel com console central inclinado, descendo continuamente, as três saídas redondas de ar e a tela multimídia pendurada é o mesmo do sedã compacto-médio. O acabamento pode ser de madeira ou alumínio, com frisos iluminados. Com o aumento da distância entre-eixos de 2,75 para 2,87 metros em relação ao GLK, o espaço interno aumentou bastante. O porta-malas do velho utilitário também foi ampliado. Agora tem capacidade para 580 litros, podendo chegar a 1.600 litros com os bancos traseiros rebatidos. A tampa do porta-malas tem abertura por sensor (bastando passar o pé por baixo do para-choque para abrir). 


Mercedes GLK

Como todo modelo luxuoso e atualizado da Mercedes não poderiam faltar itens tecnológicos de segurança e conforto: sistema de entretenimento com tela de 7 ou 8,4 polegadas, teto panorâmico de vidro, múltiplos airbags (que inclui laterais para tórax e pélvis para os ocupantes da frente e de janela para todas as fileiras de bancos), assistente de estacionamento, head-up display, câmera 360º, suspensão pneumática Air Body Control com ajuste eletrônico dos amortecedores (ADS Plus), sistema de frenagem com detecção de pedestre, faróis adaptativos Highbeam Assist Plus, entre outros.


Os primeiros motores que definem o nome das versões do GLC serão o turbodiesel 2.2 de 170 cavalos e 40,8 kgfm, chamado 220d e o mesmo propulsor com 204 cv e 51 kgfm, chamado 250d. A versão a gasolina se chamará GLC 350 com um bloco 2.0 de quatro cilindros com turbo e injeção direta com 211 cavalos e 35,7 kgfm. Haverá ainda uma versão híbrida plug-in com este mesmo motor e mais um elétrico de 116 cavalos. 

Todas as versões do GLC terão tração integral 4MATIC. E somente a versão híbrida terá câmbio de sete marchas 7G-Tronic Plus, pois as movidas a gasolina e diesel terão a nova transmissão de nove velocidades (9G-Tronic). 


Falar que o carro está mais leve por causa do uso de materiais leves como alumínio e aço de ultra resistência já virou clichê. Então, me limito a destacar o consumo de 18,2 km/litro e a emissão de 143 gramas de CO2 por quilômetro rodado da versão 220d. Já o mais rápido é o GLC 350 Hybrid Plug in, que acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos. 


O GLC será apresentado no Salão de Frankfurt. A sua vinda para o Brasil não está confirmada. Mais do que se modernizar em mecânica e tecnologia, o crossover derivado do Classe C evoluiu em estilo porque o desenho do antigo GLK era rústico demais para um utilitário luxuoso e urbano que concorria com BMW X3 e Audi Q5. E prepare-se que ainda virá o GLC Coupé.