TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | LOGO: AUTOESPORTE


No último dia 4 de novembro foram anunciados no espaço cultural Vila Vérico, em São Paulo (como sempre), os vencedores das cinco categorias principais e seis especiais do Carro do Ano da revista Autoesporte, da Editora Globo. Os carros, motores, montadoras, agências de publicidade e personalidades foram escolhidos por jurados de diversas regiões do país, entre jornalistas e engenheiros. 

Foi a 49ª edição da premiação, que começou com a escolha apenas do Carro do Ano, em 1966, e hoje tem onze categorias. Neste ano foram feitas mudanças importantes por causa da escassez de lançamentos do nosso sofrido mercado automotivo. 

Para começar, as categorias Utilitários Esportivos e Premium deixaram de ser premiadas pela primeira vez desde, respectivamente, 1997 e 2008. Como 2015 foi o ano deles, os SUVs foram incluídos nas correspondentes categorias principais e levaram o título nas duas.

O Jeep Renegade levou o título da categoria mais antiga, que há 49 anos premiou a picape Willys. Já na categoria Carro Premium, acima de R$ 100 mil, o Volvo XC90 deu o primeiro título para a marca sueca (hoje controlada pela chinesa Geely). Suspeita foi a vitória antecipada e por "aclamação" da feiosa picape Renault Oroch, derivada da Duster. Era a única finalista. Nem a Mitsubishi L200 Triton teve esse privilégio em 2008, no primeiro ano que a Autoesporte evitou categorias por falta de novidades. Ela foi incluída nos utilitários e perdeu para o Ford Ecosport. Por que a Oroch não disputou o título principal? 

Entre os motores, vitória do TSI 1.0 da Volkswagen, usado atualmente (por enquanto) apenas no compacto Up!, e, acima de 2.0, do V6 3.0 da Audi, usado no A6 e no A7. Este só teve um concorrente: o V6 3.3 dos Kia Sorento e Grand Carnival e também do Hyundai Grand Santafe. 

A Autoesporte voltou a colocar duas personalidades no Hall da Fama (ano passado teve apenas uma, o designer Anísio Campos) e, retomando a tradição, uma viva (Chico Rosa, administrador do autódromo de Interlagos) e uma falecida (Márcio Piancastelli, desenhista da Brasília e do SP2, morto este ano). O Executivo do Ano, pela primeira vez, vem do setor de auto-peças: Besaliel Botelho, da Fundação Robert Bosch América Latina. O prêmio Verde foi entregue à montadora e não a um modelo e a vencedora foi a Nissan, que também teve o melhor site do ano. O melhor comercial de 2015 foi do Honda HR-V.