TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO



Quase no fim da primeira metade da década de 1990, o hatch médio 19 era o que a Renault tinha para enfrentar a já moderna terceira geração do líder do mercado Volkswagen Golf na Europa. A Opel também já possuía o Astra, a Citroën o ZX e a Peugeot o 306. Com exceção deste último, lançado em 1993, todos surgiram dois anos antes.

Renault 19


Mesmo com a Ford ainda contando com o Escort, a Fiat com o Tipo e a Rover com o antigo 400, a marca francesa precisava modernizar o seu representante no segmento. Acontece que o seu sucessor começou a ser desenvolvido já em 1988, quando o 19 foi lançado. O projeto X64 pretendia, não apenas, modernizar o hatch como também criar uma família de carrocerias formada por um hatch de quatro portas, um sedã de três volumes, um cupê esportivo, um roadster, uma perua e uma inédita minivan, mais compacta que a já veterana Espace de 1984.


Primeira geração (1996-2002 - No Brasil de 1998 a 2005)


O Mégane foi apresentado no Salão de Frankfurt de 1995, nas versões hatch de quatro portas (ou cinco, como os europeus os classificam) e cupê, junto com três novos concorrentes: os Fiat Bravo e Brava, o Alfa Romeo 146 e o Nissan Almera. O nome escolhido evoca força, grandeza, segurança e confiabilidade. Uma curiosidade é que a denominação foi usada num protótipo apresentado no mesmo ano de lançamento do 19.

Mégane Concept 1988
Apesar da necessidade de se modernizar, o Mégane utilizou boa parte da estrutura do antecessor, como a plataforma, transmissão e alguns motores. Mas as linhas retas do 19 deram lugar a um perfil arredondado no teto e nas janelas. O capô longo terminava num "bico de pássaro" bem no centro da grade, onde foi colocado o losango e também moldava a parte superior dos faróis (ainda) trapezoidais. As lanternas curtas tinham forma de folha de árvore e ficavam entre a lateral e a traseira alta. O de três portas era mais um cupê esportivo do que um hatch. As lanternas eram um pouco diferentes: mais arredondadas e com uma máscara escura que deixava as lentes com aspecto circular.  


O interior, de aparência comum nas duas carrocerias, também tinha várias partes arredondadas: centro do painel (que também era gordinho), saídas de ar e revestimento das portas. Os bancos eram macios e confortáveis e o espaço interno do hatch cresceu em relação ao 19, graças ao aumento da distância entre-eixos de 2,54 para 2,58 metros. O porta-malas tinha 350 litros. Já o cupê era mais apertado no banco de trás (que tinha apenas dois lugares - 2+2) e o porta-malas tinha apenas 288 litros. Também, ele era mais curto (4,02 contra 4,13m) e tinha menor distância entre as rodas (2,46m)

O Mégane trazia ainda modernidade em segurança. Os cintos de segurança de três pontos do banco traseiro foram fixados na coluna traseira para os passageiros das extremidades. Estes também ganharam pré-tensionador e limitador de força. O do meio também ganhou cinto de três pontos. O novo modelo obteve quatro estrelas no crash-test da EuroNCAP.


A mecânica também veio do 19, mas foi melhorada para equipar o Mégane. Faziam parte da linha os motores 1.4 (de 70 e 75 cavalos), 1.6 (90 cv) e 2.0 (de oito válvulas e 115 cv) a gasolina e 1.9 a diesel, sem (65 cv) e com turbo (95 e 100 cv). O 2.0 era o único que tinha 16 válvulas e, inicialmente, era exclusivo do cupê. Entregava 150 cavalos.

As versões se chamavam RN, RT, RXE e Initiale. Naquela época, a lista de equipamentos era modesta e se resumia a ar condicionado manual, alarme e rádio toca-fitas. Os apoios de cabeça no banco traseiro nem chegava a ser de série em todas as versões.


No Salão de Genebra de 1996 foi apresentada a terceira carroceria do Mégane e a mais importante: o monovolume Scénic. O nome também veio de um conceito, só que apresentado em 1991 e representava a intenção de roubar a cena do mercado.

Scénic Concept 1991
Tinha a frente e as lanternas iguais às do hatch de quatro portas, mas se diferenciava pelo teto mais alto e a traseira vertical. Por dentro, o estilo do painel e acabamento das portas também era o mesmo. Mas os ocupantes ficavam em uma posição mais alta nos bancos, o volante estava um pouco mais horizontal, a alavanca do câmbio mais baixa e atrás, em vez de um único banco com encosto bipartido, como é comum, havia três bancos individuais, rebatíveis e removíveis.



A Scénic não tinha bancos que formavam uma sala de estar e nem os passageiros podiam ficar em pé seu interior, como a Espace, mas tinha na remoção e avanço dos bancos traseiros, além das mesinhas atrás dos dianteiros, a sua maior versatilidade. Na Europa tinha motores 1.4, 1.6 e 2.0 e a mesma denominação de versões do hatch. Fez tanto sucesso que ganhou vários concorrentes como o Opel Zafira, o Citroën Xsara Picasso, o feioso Fiat Multipla, Ford C-Max e Volkswagen Touran. Na Europa, deu ao Renault o seu quarto título de Carro do Ano do continente em 1997.

Este modelo teve grande importância no Brasil, pois foi o primeiro Renault fabricado no país, em São José dos Pinhais, PR. Mas demorou três anos para chegar. Na mesma época, o Mégane e o Scénic europeus já ganharam um face-lift, do qual eu falo depois.


Antes disso, voltando para 1996, no Salão de Paris surgiu a versão sedã, que na Europa foi chamada de Classic. Era trinta centímetros mais longa (4,43m de comprimento) e tinha uma traseira mais conservadora com lanternas mais horizontais, embora ainda arredondadas, com um friso escuro entre elas. O seu grande atrativo era o porta-malas de 510 litros. Já o habitáculo, tanto por fora quanto por dentro, era igual ao do hatch de quatro portas, inclusive no conforto. No Salão de Genebra de 1997, a linha Mégane ficou praticamente completa com o lançamento do Cabriolet, que tinha a mesma base, versões e motor do Coupé, como o 2.0 de 16 válvulas. O teto era de lona e havia a opção de um acessório que podia cobrir os dois bancos traseiros e transformá-lo num roadster de dois lugares.


Em 1998, o Mégane, enfim, chegou ao Brasil, importado da Argentina, nas carrocerias hatch de quatro portas e sedã. O primeiro nas versões RN 1.6 de 90 cavalos e RXE 2.0 de 115 cavalos. O três volumes só trouxe este último motor nas versões RT e RXE. Em março de 1999 chegou a minivan Scénic nacional, exatamente com a mesma cilindrada e versões do sedã.


A sintonia dos Mégane e Scénic vendidos no Brasil com o mercado europeu duraria pouco. Enquanto o monovolume chegava ao nosso país o hatch, o sedã, o cupê e o conversível ganhavam um face-lift. O capô incorporou totalmente a grade, que passou a ser em meia lua, dividida pelo logo da Renault, e também deixou os faróis com contornos mais elípticos. A traseira continuou a mesma, mudando apenas as lentes das lanternas, que ficaram com o vermelho mais vivo. O friso entre elas, presente no sedã, passou a ser cromado nas versões mais caras.



No interior, nova padronagem dos bancos e volante. Atrás deste, instrumentos com fundo branco e nova disposição. Os difusores de ar deixaram se ser ovais e ficaram mais retangulares, ainda com contornos arredondados.


A grande novidade foi o lançamento da perua Break, completando a família de verdade. Tinha janelas retas e uma traseira vertical com lanternas verticais, mas o porta-malas (484 litros) era menor que o do sedã. Esta versão nunca veio para cá na primeira geração.



No final de 1999 quem mudou a frente foi a Scénic, que, para se diferenciar dos irmãos, ganhou faróis maiores e mais retangulares, assim como a grade. Na traseira, mudaram apenas as lanternas e o vidro passou a ser basculante. Outro grito de independência foi na plaqueta de identificação Scénic, que passou da coluna do vidro lateral traseiro para a tampa do porta-malas, sem o nome Mégane. Por dentro, as mesmas modificações do resto da família e um porta-copos refrigerado no console central.





 No Brasil, naquele mesmo ano, a nossa Scénic ganhava apenas o motor 1.6 16v de 110 cavalos na versão RT. Na Europa, em 2000, a Scénic ganharia a versão aventureira RX4, com direito a para-choques e para-lamas em plástico cinza escuro, estepe na tampa do porta-malas, suspensão elevada e... tração 4x4. O off-road também fazia parte do projeto X64 e inspirou a Fiat Idea Adventure.



O face-lift chegaria aqui naquele mesmo último ano do Século XX para o hatch, sedã e monovolume. O primeiro trocou a versão RN pela RT e ganhou o motor 1.6, que também foi estendido ao três volumes. Os difusores de ar, no entanto, continuaram ovais por aqui.




Segunda geração (2002-2009 - No Brasil de 2006 a 2010)



O Mégane chegou à sua segunda geração na Europa em 2002. Desta vez, com uma plataforma inteiramente nova, aposentando a do Renault 19, que vinha desde os anos 80. Só que as linhas retas do antecessor voltaram com tudo, misturadas a curvas e quinas. A grade ficou maior, mas ainda dividida pelo logo Renault. A traseira tinha os vidros inclinados para baixo, com uma saliência na parte de lataria. A inspiração foi no estranho topo de linha Vel Satis, sucessor do Safrane. O cupê deixou de ter desenho exclusivo e passou a ser considerado um hatch de duas portas. O comprimento aumentou de 4,13 para 4,21m e a distância entre-eixos de 2.58 para 2,63m.



O painel também ficou mais reto, com um console vertical. A cobertura do quadro de instrumentos era ondulada. O freio de mão tinha formato de manche de avião, na parte de trás do console. Uma novidade tecnológica foi o sistema de entrada e partida sem chave. Aliás, o Mégane não tem mais chave e sim um cartão, que é colocado em uma entrada no painel e aperta-se um botão. O sistema foi estreado no Laguna de segunda geração, apresentado dois anos antes. Posteriormente, dispensou-se a necessidade de encaixar o cartão. O Mégane também ganhou ar condicionado digital, controles eletrônicos de estabilidade e tração, sensores de chuva, faróis e estacionamento, faróis de xenônio, airbags laterais e de cortina. Mais seguro, obteve cinco estrelas no crash-test da Euro NCAP e foi eleito o Carro do Ano na Europa 2003 no final do ano anterior, sendo o quinto título da Renault.


O Brasil, por enquanto, ia ficar chupando dedo. A única novidade foi o novo motor 2.0 de 16 válvulas de 138 cavalos para o hatch e o sedã na versão RXE, ainda da primeira geração.

No final de 2002 surgiu o Sedan, este de desenho mais agradável, principalmente na caída do teto. Ele também era maior que o hatch, inclusive na distância entre-eixos. As medidas também subiram em relação ao modelo anterior: comprimento de 4,43 para 4,50m e a distância entre-eixos de 2,58 para 2,69m. 

No Salão de Genebra de 2003 foi apresentado o monovolume Scénic, que ficou maior, mais espaçoso e ganhou uma nova versão de entre-eixos maior (2,74 contra 2,69m) e sete lugares, chamada Grand Scénic. O desenho ficou tão estranho quanto o do hatch, mas por ser mais alto e pelo seu conceito chocava menos. Os faróis eram pontiagudos, a grade dividida por um pilar central, onde fica o logotipo da marca, seguia o padrão Renault e as lanternas tinham desenho vertical. Por dentro, o painel era diferente do resto da linha, com os instrumentos digitais no centro.




O Cabriolet foi apresentado no mesmo evento e trouxe uma novidade: o teto retrátil não só rígido como também de vidro. Mais elegante de toda a linha, era uma resposta ao grande rival Peugeot 308 CC, que tinha teto de alumínio, entrando na moda de modelos como o Peugeot 206 CC, o Volkswagen Eos, BMW Z4 e o Mercedes SLK, que lançou a moda dos conversíveis-cupês. O comprimento (4,35m) era maior que o do hatch, mas a distância entre-eixos continuou mais apertada (2,52m).


A segunda geração do Renault Mégane chegou ao Brasil com uma boa e uma má notícia. A boa é que ele passou a ser produzido em São José dos Pinhais, no Paraná. A ruim é que veio sem o face-lift que ele acabara de ganhar na Europa: o recorte do capô, na parte superior da grade, ficou inclinado e alinhado com os faróis. O Mégane brasileiro veio com esse detalhe na horizontal. O motor 1.6 se tornou flex, com 110 cavalos com gasolina e 115 cv com álcool.

As versões eram a Expression 1.6, Dynamique 1.6 ou 2.0, ainda a gasolina, com câmbio manual de seis marchas ou automático de quatro. Não fez muito sucesso no mercado.




Mégane Sedan com o face-lift que só veio para o Brasil no Cabriolet
Na Europa, mais três versões: a hatch RS, tanto de duas quanto de quatro portas, era preparada pela divisão esportiva Renault Sport com motor turbo de 225 cavalos e rodas escurecidas. Já a GT também era esportiva, mas discreta, com motor turbo de 163 cavalos a gasolina ou 150 cv movido a diesel.

Megane RS
A terceira é a perua Grand Tour, que também foi produzida no Brasil, substituindo o hatch na linha Mégane por aqui. Começou a ser vendida em novembro, apenas na versão Dynamique com motor 1.6 flex e 2.0 a gasolina. Teve boa saída no final de sua vida, por causa do baixo preço, o bom conforto e o porta-malas de 520 litros.



Antes nacional, a minivan Scénic passou a ser importada direto da França. Junto com ela, o Cabriolet com teto de vidro e o face-lift que não veio no sedã nacional. Muito caros, se tornaram carros de imagem e não vingaram no mercado brasileiro.




Terceira geração (2008-2015 - No Brasil, representada pelo sedã Fluence desde 2011) 


Na terceira geração, lançada no Salão de Paris de 2008, as linhas retas e angulosas deram lugar a um estilo musculoso, com linha de cintura alta e janelas ascendentes. A identidade visual frontal era selada, com uma grade bem fina entre os faróis, agora em formato levemente de bumerangue, e o emblema da Renault cortado pela abertura do capô. As lanternas têm formas indefinidas, com prolongamento na tampa do porta-malas. O Mégane III de duas portas voltou a ter o estilo de um cupê diferenciado, com para-choques agressivos, janela lateral traseira menor e pontiaguda, lanternas horizontais nas extremidades e vidro pequeno.




O interior ficou ainda mais caprichado, com painel emborrachado de desenho contínuo e velocímetro digital no quadro de instrumentos. Entre as novidades tecnológicas, destaque para GPS e DVD. 

As medidas cresceram mais uma vez, com o comprimento passando de 4,21 para 4,30m (tanto cupê quanto quatro portas) e o entre-eixos de 2,63 para 2,64m. O porta-malas do hatch, que tinha 350 litros na primeira geração e caiu para 330 litros na segunda, chegou a 405 litros, mas caía para 372 litros se fosse escolhido o estepe de tamanho normal.


Os motores foram renovados, como os 1.6 de 101 e 110 cavalos e 2.0 de 143 cavalos, ainda derivados do velho 19. Novos mesmo eram os TCe, com turbo e injeção direta, nas cilindradas 1.2 de 115 e 130 cavalos, 1.4 de 131 cv e 2.0 de 180 cv. Todos com sistema start-stop, que desliga o motor no sinal de trânsito. Os movidos a diesel eram o 1.5 dCi de 86 e 106 cv, o 1.9 dCi de 131 cv e o 2.0 de 150 e 160 cv. A transmissão automática continuamente variável CVT estreava no Mégane nesta terceira geração.

No Salão de Genebra de 2009 foram apresentadas a terceira geração da Scénic, a segunda do Mégane RS e a nova perua, agora chamada de Sport Tourer. A minivan foi novamente dividida em versões de cinco (comprimento de 4,34m e entre-eixos de 2,70m) e sete lugares (4,56m e 2,77m), mas agora apresenta estilo diferenciado na traseira. Ambas possuem faróis elípticos, com grade fina e lanternas em formato de bumerangue, sendo que na primeira a parte horizontal se concentra na tampa do porta-malas e na Grand na lateral. O interior é semelhante ao do hatch, com o painel horizontal, mas os instrumentos são digitais e coloridos.


Grand Scénic

O Mégane RS manteve o motor 2.0 turbo preparado pela Renault Sport, mas a potência subiu para 250 cavalos. Tinha para-choques agressivos e rodas de 18 ou 19 polegadas. Houve também uma versão Trophy, de 265 cv, chegando posteriormente a 275 cv. A RS quase foi vendida no Brasil, mas a marca francesa, de última hora, viu que não teria lucro. O mesmo aconteceu com a geração anterior. 


A perua Grand Tour mudou de nome para Sport Tourer e ficou com um desenho bem mais dinâmico. Poderia ser uma ótima opção para o Brasil. No ano seguinte, foi apresentado o Coupé-Cabriolet, com lanternas retangulares.



A terceira geração do Mégane já faz parte de uma fase em que a Renault vem desprezando o mercado brasileiro, preferindo modelos mais simples de produzir. Entretanto, isso e mais as baixas vendas registradas pelo Mégane anterior não impediram que o nosso país tivesse um representante da terceira edição do médio. O escolhido foi o sedã Fluence, que tem a mesma base e interior do hatch, cupê e Sport Tourer. 

Adaptado pela sul-coreana Samsung (na Coreia é chamado de SM3), a frente tinha um estilo mais comportado, embora remetendo ao Mégane europeu, com o losango no capô, uma grade retangular no para-choque, faróis ovalados espichados até o para-lamas e lanternas traseiras horizontais.




Aqui no Brasil, o Fluence começou a ser vendido no início de 2011 nas versões Dynamique e Privilége, ambas com motor 2.0 16v Flex de 140 e 143 cavalos. Embora tenha vencido três comparativos contra concorrentes aqui no Guscar, tenho que lamentar que o sedã é o único modelo moderno mais próximo de um Renault autêntico. No final do ano seguinte foi lançada a versão esportiva GT, com motor 2.0 Turbo de 180 cavalos, com a assinatura da Renault Sport. Na Europa teve uma versão elétrica, chamada Z.E. (de Zero Emission), com a grade levemente diferente.



No ano passado, o Fluence vendido no Brasil ganhou um face-lift que mudou os faróis (agora de máscara escura e luzes diurnas em LED) e a grade, que passou a ser sorridente e moldada pelo logotipo da marca de enormes proporções. Uma identidade visual já usada no Clio (tanto no moderno europeu quanto no velho argentino vendido aqui) e no pequeno crossover Captur. Também foi adotada no Mégane europeu, mas já começa a cair em desuso.




Quarta geração (2015) 


A quarta geração do Mégane traz outra filosofia estética, com a grade mais aberta e de filetes cromados (colmeiada na versão esportiva GT) e faróis com prolongamento em LED, como se fossem lágrimas. A traseira ganhou lanternas que se afunilam e quase ocupam toda a tampa do porta-malas. O perfil continua musculoso, mas está mais reto.


Por dentro, o painel adotou um console central mais inclinado e a tela multimídia agora está na posição vertical. A nova van Espace, que agora é um crossover, e o novo sedã Talisman serviram de inspiração.


A quarta geração do Renault Mégane é um presentão de vinte anos que o Brasil, por enquanto, não poderá ter (talvez nunca), pois fomos condenados a vender apenas os carros rústicos e baratos da romena Dacia com o losango da Renault. O nosso país é como aquele convidado que ajudou na criação do aniversariante, mas os pais não ficaram satisfeitos com a contribuição durante toda a vida do adolescente.