TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


Mal se passaram três anos do lançamento do Kia Optima no Brasil, quando eu falei dele aqui no Guscar, e o sedã médio-grande sul-coreano já conhece a sua nova geração, apresentada no último Salão de Nova York, o mesmo evento onde foi revelada a reestilização de um dos seus concorrentes, o Chevrolet Malibu.


Parece um face-lift, mas não é. A carroceria do novo Optima é totalmente nova. Maior em comprimento (não divulgado) e com um centímetro a mais na distância entre-eixos, que agora é de 2,80m e deve oferecer mais espaço interno.

A grade ficou mais agressiva, com elementos cromados flutuantes e moldura cromada mais acentuada (só nas partes de cima e de baixo), mas continua com o estilo "boca de tigre" e alinhada aos faróis (também com o friso cromado), que ficaram mais recortados e pontiagudos, com refletores mais transparentes, tridimensionais, e luzes diurnas de LED. Já o para-choque dianteiro ficou mais musculoso. No entanto, as entradas de ar foram um pouco reduzidas, acabando com o rasgo.



Na lateral, o friso cromado que acompanha as linhas das janelas continua em forma de arco até a tampa do porta-malas e a calha do teto teto ainda termina na altura do vidro, mas o conjunto ficou mais harmonioso. O vidro vigia ficou maior. Na traseira, as lanternas perderam o formato de bumerangue no prolongamento, ficando mais retas e levemente rebaixadas.



O interior foi o que mais mudou, ficando bem mais refinado, com couro Nappa até no topo do painel. O desenho deste, aliás, está mais sóbrio, inspirado nos modelos da Audi, como o A4 e o A6: a tela multimídia levemente recuada dentro de uma moldura prateada e o quadro de instrumentos simples, aposentando os três "copos" do antigo. O volante de miolo redondo e três braços tem base achatada. E os bancos dianteiros têm aquecimento e resfriamento, além de costura em losangos no assento e no encosto em todos os lugares. O assento do passageiro passa a ter regulagem de altura. 


O painel do modelo antigo parecia não estar preparado para a tecnologia de entretenimento, que agora se conecta aos smartphones Apple e Android. O sistema também traz um recurso que, segundo o Car Blog, monitora o que os filhos do proprietário andam fazendo quando recebem o carro emprestado (ou "roubado"). O dono recebe um alerta se o seu pequeno rebelde estiver fora de um raio pré-definido. Ele também saberá se eles estão dirigindo de forma imprudente com o "score de condução". O carro também tem um alerta de toque de recolher e velocidade para contornar a desculpa "Eu perdi a noção". É um recurso semelhante ao adotado no novo Malibu.




Outros equipamentos de conforto e segurança são o ajuste de altura também para o banco do passageiro, sistema de som com 14 alto-falantes e 630 watts. Câmeras de visão 360°, alertas de colisão/faixas/pontos cegos, piloto automático adaptativo, alerta de tráfego lateral e frenagem automática de emergência.

O conjunto motriz inicialmente é o mesmo da geração anterior (no mercado norte-americano). Permanecem os motores 2.4 GRDi, de injeção direta de 185 cavalos e o 2.0 turbo e também injeção direta de 247 cv. Todos de quatro cilindros. O câmbio ainda será o automático tradicional de seis velocidades. No ano que vem será lançado o motor 1.6 turbo e injeção direta, com 178 cv e transmissão automatizada de dupla embreagem de sete velocidades. O Optima vendido aqui usa um motor 2.0 16v de 165 cv. 

A Kia atualiza os seus carros tão rápido que mal dá tempo de países emergentes como o nosso absorver o modelo antigo e poder confirmar a sua vinda do novo modelo. Se vier, será para o ano que vem.