TEXTO: GUSTAVO DO CARMO E AUTOESPORTE
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A eleição de Carro do Ano da revista Autoesporte surgiu em 1966, organizada pela extinta Mecânica Popular. No início apenas um carro era nomeado. O primeiro vencedor foi a Picape Willys, derivada da Rural. Hoje, a publicação da Editora Globo, que organiza a promoção desde 1969, realiza treze premiações.
Além das cinco categorias tradicionais (Carro do Ano, Carro Premium, Picape, Utilitário e Utilitário Premium), a Autoesporte escolhe os motores até 2.0 e acima desta cilindrada, o carro ecológico, o site de montadora (Fiat), o comercial de TV (Vem pra rua, da Fiat), executivo do ano (Steven Armstrong). Desde 2009 a revista homenageia dois nomes marcantes do automobilismo brasileiro: um vivo e um já falecido. Este ano, pela primeira vez, foram homenageados duas personalidades cheias de vida.
Hall da Fama - Luiz Carlos Secco e Mauro Salles
Luiz Carlos Secco trabalhou de 1961 a 1974, como jornalista da empresa S.A. O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, além da revista AutoEsporte. Depois foi para a comunicação da Ford e, com a criação da Autolatina, assumiu a Comunicação também da Volkswagen. Em 1993, assumiu a direção da Secco Consultoria.. (Da redação da Autoesporte)
Nascido na capital de Pernambuco em 1932. Aos dez anos, Mauro Salles veio para o Rio com a família, pois seu pai, Apolônio Salles fora convidado pelo presidente Getúlio Vargas para assumir o Ministério da Agricultura. Aqui, formou-se em direito pela PUC, mas foi no jornalismo que encontrou a primeira de suas vocações.
Já tinha começado a trabalhar aos 15 anos como orientador dos colegas no Colégio Santo Inácio e depois como guia turístico na Praça Mauá. Aos 19 começou a atuar no jornalismo, como colaborador de periódicos cariocas. Chegou a ser correspondente da revista norte-americana Life, aqui no Rio. Em 1954, trabalhou como repórter de Política no jornal O Mundo. No ano seguinte, ajudou a lançar a revista em cores O Mundo Ilustrado. Saiu de lá e foi convidado por Roberto Marinho, amigo do seu pai, para trabalhar, primeiro na editora Rio Gráfica e depois no jornal O Globo. Começou na área política, mas logo enveredou pelo setor que o tornou conhecido: o automobilismo. Foi no O Globo que Mauro Salles criou a primeira coluna sobre automóveis da imprensa brasileira.