TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO

Por ironia do destino, a nova geração do maior sedã da Mercedes-Benz teve as suas formas antecipadas em uma miniatura, cujas fotos "vazaram" na imprensa. Agora, oficialmente, a marca alemã divulgou as imagens e algumas informações do seu novo Classe S, em tamanho real.


E bota real nisso. Além de crescer cerca de 2cm no tamanho, o Classe S está ainda mais luxuoso, pois herdou a proposta do extinto Maybach, apesar de continuar bem menor que ele. Serão duas opções de comprimento da carroceria: uma de 5,25m por 1,90m de largura, com distância entre-eixos de 3,16m, e outra de 5,12m e entre-eixos de 3,03m, sendo que a largura é a mesma. O finado "limusine" tinha entre 5,70 e 6,20 metros de comprimento.



O luxo do novo Classe S começa no novo painel com dupla tela de LCD no console central e no quadro de instrumentos, agora inteiramente virtual. Um recurso já usado na linha 2014 do esportivo norte-americano Chevrolet Corvette.


Continua com o acabamento refinado, com madeira e elementos metálicos, além do opcional sistema de som tridimensional surround Burmester, que utiliza a nova câmara de ressonância Frontbass, que estreou no roadster SL. O sistema multimídia é operado por reconhecimento de voz, chamado LINGUATRONIC, além de ter um software de informação e comunicação com o Google Maps.

Passa pelo ar condicionado, operado na tela multimídia central do painel, com perfume ativo, que emite uma fragância suave e discreta para manter o ambiente fresco. Na verdade, um sistema semelhante já usado no Citroën C4. Os alérgicos podem desligar o perfume manualmente.



Oferece também aquecimento e massagem nos assentos, a novidade dos braços das portas aquecidos, cinco configurações diferentes de regulagem dos bancos traseiros, com airbags nos assentos e no cinto de segurança, e fecha com um console central traseiro completo, tela multimídia atrás dos bancos dianteiros e suportes para copos especiais térmicos, estes disponíveis no top de linha First Class.

A variedade de motores do novo Classe S será grande, incluindo três híbridos (dois combinando eletricidade com gasolina e um diesel+elétrico, como o S300 BlueTec Hybrid 2.1, com 228 cv), mas o destaque fica para o V8 5.5 biturbo, com 536 cavalos de potência do S63. Já o S550 tem motor V8 4.7, também com dois turbos, 455 cv e transmissão automática de oito marchas, que é responsável por encaminhar toda esta potência para a tração traseira. Esta versão faz o "sedanzão" acelerar de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. 


A inovação mecânica fica por conta do Magic Body Control, que faz do Classe S o primeiro carro do mundo a identificar buracos e outras irregularidades na pista, ajustando a suspensão a ar para cada situação. Proporciona muito conforto, mas aqui no Brasil não vai faltar trabalho para o sistema, que pode ficar até sobrecarregado. 

Há também o BAS Plus, que reconhece o tráfego cruzado de pedestres e outros carros e dinamiza a frenagem. Se estiver andando a até 50 km/h ele para sozinho. Mas o dispositivo foi criado pela sueca Volvo. 

Tradicionalmente encarregado de lançar os novos conceitos estéticos da Mercedes, desta vez, o Classe S apenas incorporou elementos de estilo do recém-renovado Classe E, como os faróis trapezoidais e lanternas com iluminação em LED e o para-choque traseiro lembrando o compacto CLA.

O novo Classe S chegará primeiro ao mercado norte-americano, em novembro deste ano. O luxo foi priorizado sobre a inovação (que não ficou de fora, como já vimos) para que o Classe S ocupe o vazio deixado pelo fim do Maybach.