Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
Dados de teste: Revista Quatro Rodas
Custo de manutenção: Revista Carro Hoje


Os sedãs compactos premium estão mais para premium no preço do que para compactos, já que alcançam os 4,40m de comprimento. Se tornaram alternativa à simplicidade de modelos como Chevrolet Cobalt, Nissan Versa e Renault Logan.

Um deles, o Chevrolet Sonic Sedan, lançado há um mês, precisava ser desafiado aos seus dois principais concorrentes: o Honda City, que ganhou uma nova grade dianteira em 2012, e o Ford New Fiesta, importado do México, que vem baixando de preço, mesmo antes do aumento do IPI. Mas aproveitei e coloquei mais dois modelos neste comparativo de veículos com carroceria de três volumes entre 45 e 55 mil reais.

Para equilibrar as coisas, chamei um modelo de 4,30m de comprimento, que é o Fiat Grand Siena - recém-separado da linha Palio e do antecessor Siena - e o chinês JAC J5, que tem 4,60m, mas tem preço e equipamentos semelhantes a estes quatro adversários.

Assim, vamos considerar o Sonic LTZ, o New Fiesta com pacote intermediário, o City LX, também intermediário, e o Grand Siena Essence com todos os opcionais. O JAC J5 tem versão única.



Destes cinco só o JAC e o Ford não possuem opção de transmissão automática. No entanto, os dados de desempenho, consumo, frenagem e ruído da revista Quatro Rodas, que eu usei para o Honda e o Fiat, são da versão manual, assim como o do Chevrolet considerado é o automático, mas para efeito de preço será considerado o manual. Os custos de manutenção são da revista Carro Hoje, publicação semanal da Editora Motorpress.

Em relação à cilindrada do motor, temos três 1.6 (Sonic, Siena e Fiesta) e dois 1.5 (City e J5). Três custam na faixa dos 40 mil reais (Siena, Fiesta e JAC) e dois na dos 50 (City e Sonic).

Qual é a sua aposta? Qual é a sua escolha? Ao fim do comparativo, vou mostrar, pela primeira vez, a minha.


5ª Chevrolet Sonic LTZ Ecotec 1.6 16v


A enorme grade e os faróis descobertos são imponentes, mas a lateral traseira conservadora esfriaram a proposta arrojada do Sonic sedã. O estilo não foi o maior culpado pela lanterna do modelo da Chevrolet em seu primeiro comparativo. Nem o acabamento repleto de plásticos duros, mas bem encaixados e com velocímetro digital. Ambos ficaram em posição mediana, em terceiro lugar, junto com o porta-malas de 477 litros. 

O que pesou, mesmo, foram o consumo de álcool elevado (7 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada) e o custo de manutenção, quesitos em que ficou em último lugar. O pacote de peças não foi divulgado, mas como o gasto com as revisões até 30 mil quilômetros é estimado em 920 reais e o Sonic vem da Coreia do Sul, o custo final deve ser bem alto. O espaço interno não é o pior, mas ele só não é mais apertado no banco de trás que o New Fiesta. O nível de ruído de 67,7 decibéis a 120 km/h, mais uma vez o deixou em penúltimo lugar. 


O Sonic é mais equipado com itens essenciais para o segmento do que o New Fiesta, que tem recursos de segurança como assistente de partida em rampa, controles de estabilidade e tração e fixação para cadeirinhas infantis. O Chevrolet vem equipado com ar condicionado, trio elétrico, sensor de estacionamento, computador de bordo, som com MP3 com comando no volante, airbags frontais, freios com ABS com EBD, alarme e abertura das portas e porta-malas por controle remoto, banco do motorista com regulagem de altura, coluna de direção ajustável em altura e profundidade e faróis de neblina. Bancos em couro, câmbio e piloto automáticos são opcionais. Mas não vieram os airbags laterais, muito menos os cintos de segurança de 3 pontos e o apoio de cabeça para o meio do banco traseiro. Mesmo assim, ficou em segundo porque, com todos os opcionais, o Grand Siena tem quase tudo isso (exceto bancos em couro, ajuste de profundidade do volante), além de sensores de chuva e de faróis e ainda é mais barato. 


A farta lista de equipamentos do Sonic tem um preço alto. Ele é o segundo mais caro dos cinco. Custa R$ 52.465, com a pintura metálica inclusa, na versão LTZ com câmbio manual. Só é mais barato que o City, que sai por R$ 54.580. Mas ele assume a lanterna se for equipado com o câmbio automático de seis marchas e os opcionais descritos lá em cima, passando a custar R$ 57.065. Quem quiser abrir mão do sensor de estacionamento e dos faróis de neblina, pode optar pela versão LT, que sai por R$ 49.100 na cor branca.

Além dos equipamentos, os melhores resultados do Sonic foram na potência do motor 1.6 Ecotec Flex 16 válvulas, que rende entre 116 e 120 cavalos (só ficou atrás dos 125 cv a gasolina do JAC); no desempenho, com aceleração de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 9,3 segundos - graças ao câmbio automático do exemplar testado pela Quatro Rodas (números superados somente pelo Honda) - e na frenagem de 59,6 metros (empatado tecnicamente com o New Fiesta, mas perdendo novamente para o City). Será que o hatch terá melhor sorte? 

FICHA TÉCNICA

Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.598 cm³,16 válvulas
Potência: 116 cv (gasolina) e 120 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,4 segundos (revista Quatro Rodas, com álcool e câmbio automático)
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo: 7 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada (Quatro Rodas, com álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,40/1,74/1,52/2,53 m
Porta-malas: 477 litros
Tanque: 46 litros
Preço: R$ 52.465 (LTZ manual com pintura metálica) / R$ 57.065 (LTZ automático com pintura metálica)



4º JAC J5 1.5 VVT 16v


Tamanho não é documento e muito menos garantia de vitória. Isso se aplica ao chinês JAC J5. Mesmo com 4,59m de comprimento, porte que o permitiria enfrentar sedãs médios como o Toyota Corolla, o Honda Civic, Chevrolet Cruze, Ford Focus, entre outros, ele acabou ofuscado por adversários bem menores e só ficou à frente do Chevrolet Sonic. 

A boa notícia é que, no início desta semana, seu preço foi reduzido em 3 mil reais e agora ele está custando R$ 46.990 até o final de julho. Durante as contas do confronto ele roubou um ponto do Ford New Fiesta, mas não passou do segundo lugar, pois o Grand Siena, mesmo completo, é o mais barato. 


Mas a sua lista de equipamentos de série, insuficiente para concorrer com os modelos do seu tamanho, também se mostra insatisfatória para se destacar entre os concorrentes deste confronto. Apesar de ser o único com ar condicionado digital e de ter sensor de estacionamento, freios ABS, airbags frontais, alarme, rodas de liga de leve de 16 polegadas (as de 17 polegadas são opcionais e custam R$ 1.390), faróis de neblina, sensor de estacionamento, rádio CD/MP3 com entrada USB entre outros itens, ele não tem piloto automático, controle do som no volante (que só regula em altura), airbags laterais, computador de bordo, apoio de cabeça e cinto de segurança de 3 pontos no meio do banco de trás, bancos bipartidos e muito menos câmbio automático. Nem como opcional, como são os bancos em couro e as rodas de 17 polegadas. 


Em compensação, seu espaço interno é imbatível, o motor 1.5 com comando variável de válvulas (VVT) é o mais potente com 125 cavalos e seu consumo é o mais baixo, pois seu motor ainda não é flex e é movido só a gasolina: 9,8 km/litro na cidade e 13,6 na estrada. O acabamento é o inverso do Sonic, tem materiais de melhor aparência, mas a montagem tem falhas. Mesmo assim, fica em segundo, atrás do Honda City. 

Apesar de ter mais cavalos, o JAC J5 é o mais lento. Demora 14,3 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e outros 23,9 segundos para retomar entre 80 e 120 km/h. Outra contradição ruim aparece no porta-malas. Mesmo grande e espaçoso, o chinês só tem o bagageiro maior do que o New Fiesta: 460 a 440 litros. A frenagem também é alta, de 61,7 metros a 120 km/h, melhor apenas que os 67,4 m do Grand Siena. O nível de ruído, na mesma velocidade, é mediano, de 67,1 decibéis, quase empatado com o City e o Sonic. E a manutenção? Só ganhou dois pontos porque o alto custo do Sonic é estimado. O da JAC Motors é bem concreto e caro: R$ 3.106 de peças e 720 reais de revisões até 30 mil quilômetros. O J5 é elegante, mas a sobriedade é tanta que ele ficou empatado com o Grand Siena em penúltimo lugar. Entre erros e acertos, o chinês somou 36 pontos e se revelou o grandalhão tímido. 

FICHA TÉCNICA

Motor: Quatro cilindros, transversal, gasolina, 1.499 cm³, 16 válvulas
Potência: 125 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,3 segundos (revista Quatro Rodas)
Velocidade máxima: 188 km/h
Consumo: 9,8 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada (Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,59/1,77/1,47/2,71m
Porta-malas: 460 litros
Tanque: 57 litros
Preço: R$ 46.990


3º Ford New Fiesta 1.6 16v 

Importado do México, o Ford New Fiesta tem uma carroceria bela e atraente, principalmente na lateral de linhas fluídas. Seu interior também é silencioso (64,9 decibéis a 120 km/h). Pena que esses atributos não foram suficientes para lhe dar a vitória no comparativo. Mesmo assim assegurou a terceira posição com 37 pontos.

Com pacote intermediário de equipamentos e pintura perolizada (R$ 1.255) ele custa R$ 49.635 e vem equipado com SYNC - sistema multimídia desenvolvido pela Microsoft que integra o som, envio de mensagens e chamadas pelo volante na tela (monocromática e pequena) no centro do painel com comando de voz ou no volante, além de airbags frontais, controles de estabilidade e tração, assistência de partida em rampa, gancho para cadeiras infantis, fora os itens essenciais como ar condicionado, direção assistida (elétrica no New Fiesta) e trio elétrico. Apesar dos itens exclusivos citados no início da parágrafo, o Ford não tem sensor de estacionamento, faróis de neblina, bancos traseiros bipartidos e nem cinto de segurança e apoio de cabeça para os três passageiros de trás. Assim, ficou apenas em terceiro na lista de equipamentos. Não adianta ter tecnologia se faltam os equipamentos mais importantes. 

Quem quiser abrir mão das bolsas de ar, dos freios ABS e dos tais recursos tecnológicos pode levar a versão básica por R$ 46.020. A top sai por R$ 52.160 e inclui sete airbags, bancos em couro, luzes de LED no para-choque e retrovisores com piscas integrados, aquecimento e detector de ponto cego.

O New Fiesta também tem o menor custo de peças entre os cinco (R$ 2.518), mas suas revisões até os 30 mil quilômetros (R$ 832) são mais caras que as do Grand Siena (R$ 680). Na soma, ele acaba perdendo para o Fiat. Outro destaque do Ford é no consumo de combustível (7,9 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada), que perde apenas para o JAC J5, que é abastecido só com gasolina. A frenagem a 120 km/h em 59,8 metros também é boa. Só fica atrás dos 58m do Honda City e empatada tecnicamente com os 59,6m do Sonic. 

O acabamento é moderno, mas tem muito plástico duro. Empatou com o Chevrolet Sonic em terceiro. Também mediano é o desempenho, acelerando de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 17,5 segundos. 

O Ford começou a perder o comparativo no fraco motor Sigma 1.6, com apenas 110 cavalos com gasolina e 115 cv com álcool (a menor potência dos cinco), no porta-malas de apenas 440 litros e no seu maior defeito: o espaço interno nos bancos traseiros. 

FICHA TÉCNICA

Motor: transversal, gasolina e álcool, 4 cilindros, 1.596 cm³, 16 v
Potência: 110 (gasolina) e 115 cv (álcool)
Velocidade máxima: 190 km/h
Aceleração 0 a 100 km/h: 11,5 segundos (revista Quatro Rodas, com álcool)
Consumo: 7,9 km/litro na cidade e 12,2 km/litro na estrada (Quatro Rodas - álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,41/1,72/1,47 /2,49 metros
Porta-malas: 440 litros
Tanque: 47 litros
Preços: R$ 46.020 / R$ 48.380 / R$ 52.160




2º Honda City LX 1.5 16v i-VTEC


O Honda City foi lançado em 2009 para disputar o cobiçado mercado dos sedãs compactos, mas acabou prejudicado pelo seu preço alto, que chegava a ultrapassar algumas versões do Civic. Resultado: os interessados preferiam o irmão maior.

Reposicionado como compacto premium, ele continuou no mercado. Ganhou até uma nova versão de acabamento, a DX, ainda muito cara e com poucos equipamentos. Este ano, ele recebeu uma levíssima reestilização. Aliás, o único dos cinco com mudanças, pois o New Fiesta não mudou nada em dois anos e os outros três são modelos novos.

O City perdeu a versão EX-L. Esteticamente mudou apenas o formato da grade (que ficou mais aberta e cromada), para-choques e as lentes das lanternas traseiras. Por dentro, ganhou novos revestimentos nos bancos, grafismos dos instrumentos e nova iluminação, que agora é azul, no lugar do vermelho. Na mecânica apenas o tanque ganhou mais cinco litros, de 42 pra 47.


Suas linhas modernas e sóbrias ao mesmo tempo só perdem em destaque para o sedã da Ford. A Honda soube dosar modernidade com discrição. O porta-malas tem 506 litros, mas ficou atrás dos 520 do Grand Siena. 

Por dentro, a marca japonesa foi a única que soube combinar bons materiais com boa montagem. Assim, o acabamento do City é o melhor dos cinco. As outras duas vitórias vieram no desempenho (aceleração de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos e retomada em 14,5 seg. O desempate contra o Sonic veio na aceleração até 1km: 31,6 contra 33,5) e na frenagem de 58 metros a 120 km/h. 

Se o acabamento interno é o melhor, o espaço é razoável, perdendo para o JAC e o Fiat. Outros desempenhos medianos foram na assistência (custo de manutenção total de 3.559 reais, sendo 2.779 para as peças e 780 para as revisões) e no consumo (8,4 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada).


Mesmo proporcionando o melhor desempenho, o motor 1.5 i-VTEC Flex não tem muita potência, mas mesmo assim é bem eficiente. São 115 cavalos com gasolina e 116 cv com álcool, maiores apenas que o do Fiesta. Porém, o ruído é o mais alto: 67,8 decibéis, um décimo a mais que o Chevrolet Sonic, que só não ficou em último porque declarei empate técnico na quinta posição.

Mas está no custo-benefício o maior defeito do City. O preço de R$ 54.580 da versão LX com câmbio manual é o mais caro. A lista de equipamentos é boa, mas discreta: tem ar condicionado, direção elétrica, trio elétrico, airbags duplos, freios ABS com EBD, computador de bordo, sensor de estacionamento e é o único que oferece cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça para todos os passageiros. Mas não é a melhor lista? Não. Ele não tem faróis de neblina, controle do som no volante, bancos em couro (exclusivos da top EX, que custa R$ 61.830), Bluetooth e nem sensores de chuva e de faróis. Ficou atrás do Siena, do Sonic e do New Fiesta. O LX com câmbio automático custa R$ 57.550. 

Assim como o estilo, o equilíbrio dos pontos fortes e fracos do City lhe valeu a segunda colocação geral.

FICHA TÉCNICA

Motor: transversal, gasolina e álcool, 4 cilindros, 1.496 cm³, 16v
Potência: 115 (gasolina) e 116 cv (álcool)
Velocidade máxima: não divulgada
Aceleração 0 a 100 km/h: 10,2 segundos (revista Quatro Rodas, com álcool)
Consumo: 8,4 km/litro na cidade e 10,7 km/litro na estrada (Quatro Rodas - álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,40/1,70/1,48/2,55 metros
Porta-malas: 506 litros
Tanque: 47 litros
Preço básico: R$ 54.580 (manual) / R$ 57.550 (automático)


1º Fiat Grand Siena Essence 1.6 16v E.TorQ


Se em vez do Grand Siena eu tivesse colocado o Linea (R$ 52.990) teríamos mais carros na faixa dos 50 do que nos 40. Mas eu escolhi o compacto por dois motivos: primeiro por causa do equilíbrio citado lá na introdução. E segundo porque o sedã médio derivado do Punto está com o seu destino incerto, pois não se sabe se ele dará lugar ao Viaggio, versão do norte-americano Dodge Dart com a marca Fiat, ou passará por um face-lift no ano que vem (este ano não, porque já tem a linha 2013).

Com o Grand Siena no lugar do Linea a Fiat levou a vantagem de oferecer um carro completo por apenas R$ 46.638, com a pintura metálica. Assim, ele seria o escolhido logo de cara entre os cinco modelos do comparativo, por ser o mais barato.

Mas, peraí! É preciso levar em consideração outros detalhes, a começar pelos próprios equipamentos. Boa parte dos itens que lhe dão o melhor custo-benefício são opcionais, como os vidros elétricos traseiros, os retrovisores elétricos, sensor de estacionamento, som com comando no volante, Bluetooth, piloto automático, sensores de chuva e de faróis e os airbags laterais, só para citar alguns deles. Ainda bem que o ar condicionado, as bolsas frontais, os freios ABS de série com EBD, as travas, a chave com controle remoto e os vidros elétricos da frente vêm de série na versão Essence básica, que custa R$ 40.420, com pinturas sólidas (azul, branca, preta e vermelha). Optando pelo câmbio Dualogic, o único automatizado do grupo, paga-se R$ 42.770 pelo básico ou R$ 49.111 completo (você leva também as aletas de mudança de marcha no volante). 

Mesmo precisando pagar a mais por vários deles, o Grand Siena tem a melhor lista de equipamentos, pois continua saindo mais barato. No entanto, fica devendo quatro itens, como os bancos bipartidos, o ajuste de distância do volante (só tem de altura), o cinto de segurança de três pontos no meio do banco de trás e os bancos em couro.


O Fiat também tem o menor de custo de manutenção (R$ 2.588 de peças básicas e R$ 680 para a revisão nos primeiros 30 mil km, segundo a revista Carro Hoje), o maior porta-malas (520 litros) do grupo e é um dos mais silenciosos, com ruído a 120 km/h de 65,3 decibéis, empatado tecnicamente com o Honda City (64,3 dBA). O espaço interno só perde para o JAC.

Mesmo com a potência mediana de 115/117 cv do motor 1.6 E.TorQ Flex (terceiro lugar), a retomada de 20,4 segundos entre 80 e 120 km/h (que em combinação com a boa aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 lhe deixou em quarto lugar no desempenho), o consumo urbano de 7,8 e rodoviário de 10,9 km/l (também em penúltimo), o estilo demasiadamente discreto como o J5 (ambos em quarto), a frenagem mais longa de todas (67,4 metros a 120 km/h) e o acabamento cheio de plástico que entrega a sua origem simples do Palio através do desenho do painel, o Grand Siena venceu o comparativo. Somou 40 pontos. Não fossem estes defeitos, a vitória seria mais folgada. Agora, pode comprar o Grand Siena. Na versão Essence, o seu melhor custo-benefício entre os sedãs compactos premium está confirmado. A Attractive 1.4 fica para enfrentar o Versa e o Cobalt. 


FICHA TÉCNICA

Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.598 cm³, 16 válvulas
Potência: 115 cv (gasolina) e 117 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,5 seg. com álcool (revista Quatro Rodas)
Velocidade máxima: 192 km/h com gasolina e 194 km/h com álcool
Consumo: 7,8 km/l na cidade e 10,9 km/l na estrada com álcool (Quatro Rodas)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,29/1,70/1,51/2,51m
Porta-malas: 520 litros
Tanque: 48 litros
Preço: R$ 40.420 (câmbio manual) e R$ 42.770 (Dualogic)





Minha escolha

O Fiat Grand Siena é o mais barato, mesmo com todos os opcionais, e se saiu o melhor nos critérios técnicos. Mesmo assim, prefiro pagar mais caro pelo Honda City, que tem um estilo atraente, um bom  espaço e acabamento mais agradável. A lista de equipamentos já me satisfaz, mesmo com algumas faltas. Esta é a minha escolha emocional e um pouco racional.