Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação


Para enfrentar o estilo arrojado dos sul-coreanos Hyundai ix35 e Kia Sportage, o único utilitário esportivo da Honda vendido no Brasil precisou se renovar. Entretanto, o novo CR-V se inspirou bastante na versão anterior para não perder a identidade. Aliás, curiosamente, a largura (1,82m) e a distância entre-eixos (2,62m) não mudaram. E o comprimento (4,58 para 4,55m) e a altura (1,68 para 1,66m) ainda diminuíram. 


Mesmo assim, a quarta geração do CR-V, lançado originalmente em 1995, ficou com a aparência mais anabolizada. O desenho das janelas laterais termina de forma pontuda. Parte das lanternas continua margeando o vidro traseiro. Na frente, os faróis ficaram mais espichados e a grade de três lâminas ganhou um efeito tridimensional. O CR-V vendido no Japão tem filetes em LED. Já o do mercado mexicano, que será exportado pra cá, tem refletores comuns.


O interior ficou mais caprichado, mas manteve a boa ergonomia e a posição elevada da alavanca do câmbio, integrada ao painel. Este agora tem quadro de instrumentos agrupados e tela multimídia com navegador por comando de toque, opcional na versão mais cara. A básica já terá câmera de estacionamento na tela personalizável do computador de bordo e CD Player com MP3 e conexão Bluetooth. O espaço interno cresceu, apesar da manutenção e redução das medidas. A capacidade do porta-malas também: é de 1.054 litros (1.011 no antecessor). 

Entre os itens de segurança, o novo CR-V mexicano tem, desde a versão básica, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), freios ABS com EBD, controles de tração, estabilidade e de partida em rampa e cintos de segurança de 3 pontos para todos os passageiros. 


No país norte-americano há apenas o motor 2.4 16v i-VTEC a gasolina de 185 cavalos. A transmissão é automática de cinco marchas e a tração é dianteira para as duas versões mais básicas e integral para a top. O CR-V tem o botão Econ, que melhora o consumo de combustível, alterando a abertura da borboleta do acelerador, a resposta do câmbio e o funcionamento do controlador de velocidade. O ar-condicionado passa a utilizar 70% da recirculação de ar para reduzir a carga do sistema. O sistema também foi adotado no novo Civic, que começa a ser vendido em janeiro e falarei dele quando voltar das férias.

O Brasil, que receberá o CR-V em abril, pode ter também o motor 2.0, o mesmo do modelo atual, de 150 cv, por causa do IPI mais alto para motores acima desta cilindrada. 

Lá são oferecidas três versões de equipamento: LX (pelo equivalente a R$ 41.000), EX (R$ 43.800) e EXL (R$ 49.200), que traz o ar digital dual zone. Nesta última, o navegador GPS é opcional e adiciona mais 2 mil reais. Aqui, o CR-V antigo custa R$ 85.700 (LX) e R$ 97.380 (EXL), só com motor 2.0. Se vier apenas o 2.4, seu preço subirá bastante, mesmo o México estando isento do aumento covarde do IPI para os carros importados.