Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação


Lançado no Brasil em 2006, o Kia Picanto mostrou que é possível importar um carro compacto da Ásia e competir de igual pra igual ou até com alguma vantagem sobre os modelos nacionais.

Cinco anos e dois face-lifts depois, o Picanto chega à sua segunda geração com uma carroceria que rompe totalmente com a anterior e ainda turbina a filosofia de estilo adotada pelo designer alemão Peter Schreyer. Ficou mais arrojado e original que os irmãos Cerato, Sorento e Sportage. E mais bonito do que o estranho Soul.

A dianteira ficou mais musculosa (1,59m de largura) e a traseira ganhou linhas retas, com lanternas em formato de bumerangue, contrastando com o conjunto vertical antigo. A lateral, que mede 3,59m de comprimento, ganhou um novo recorte de janelas e das portas.

 O interior ficou mais refinado e melhor acabado. Um detalhe interessante é que o vazamento inferior do volante lembra a grade frontal característica dos últimos modelos da marca: o rosnar do tigre.

Quem vai atrás fica com as pernas apertadas (distância entre-eixos de 2,38m), mas tem folga acima da cabeça (altura externa de 1,49m). O porta-malas tem capacidade para 200 litros. O antigo tinha 157. 




O novo Picanto chega em duas versões: uma com câmbio manual de cinco marchas e outra com automático de quatro. Aliás, a opção da transmissão automática é o cartão de visitas do Picanto desde a sua primeira geração e foi ele que popularizou o uso deste sistema de mudança de velocidade nos carros compactos.

Por ambas terem opcionais como teto solar, freios ABS, faróis e lanternas em LEDs, airbags laterais e de cortina, são totalizadas quatro configurações. Todas vêm com motor flex 1.0 de três cilindros, com quatro válvulas em cada cilindro. A potência varia entre 77 e 80 cavalos. 

A versão mais barata custa R$ 34.900 e já vem de série com rodas de liga-leve de 14 polegadas, ar condicionado, direção elétrica progressiva, trio elétrico (retrovisores com rebatimento), banco do motorista com regulagem de altura, rádio, CD Player com MP3, controle remoto de abertura das portas na chave, airbags frontais para motorista e passageiro, cinto de segurança de 3 pontos para todos e dianteiros com pré-tensionador e limitador de força. A versão mais cara sai por R$ 44.900. Na versão completa, pelo menos, podia vir com a câmera de ré no retrovisor interno e o volante com regulagem de altura. Que pena! 

Mais detalhes técnicos do Picanto darei no próximo post, em um comparativo com dois dos hatches pequenos com motor 1.0 mais vendidos do mercado brasileiro: os nacionais Volkswagen Fox e Renault Sandero. Aguarde!