Texto: Gustavo do Carmo
Fonte de referência: Portal Auto Diário
Fotos: Divulgação

O Série 1, modelo compacto da BMW, chega a sua segunda geração mais para se atualizar do que para inovar, pois a silhueta do hatch de quatro portas praticamente não mudou, mas a plataforma, faróis, grade, para-choques e lanternas são inteiramente novos.

A frente, que agora lembra o crossover X1, ganhou conjunto ótico em formato de gota, filete com LEDs, tradicional grade bipartida mais plana e para-choques com três recortes. A lateral ficou mais musculosa e a área envidraçada das janelas cresceu. As lanternas traseiras ganharam formas mais quadrangulares e também diodos emissores de luz. Compare melhor as duas gerações com a análise que eu fiz do 118i antigo no ano passado.

Apesar das mudanças discretas, o Série 1 aumentou em suas dimensões: 4,32m de comprimento (8,5 cm a mais) e 2,69m de distância entre-eixos (mais três centímetros). O porta-malas ganhou 3o litros de capacidade. Agora tem 360 litros.

O interior ficou mais sofisticado, com curvas do console onduladas e monitor que agora brota diretamente atrás das saídas de ar. No entanto, ainda há um certo conservadorismo no quadro de instrumentos redondos. Por outro lado, o volante de três braços, também tradicional da BMW, está mais arrojado. Outro toque de modernidade é o controle do sistema iDrive.

O novo BMW Série 1 terá no lançamento dois tipos de motores: um a gasolina e outro a diesel. Somadas as variadas potências de ambos, chegamos a cinco opções. O movido a gasolina tem quatro cilindros, 1.6 litro de cilindrada e turbocompressor. A nomenclatura 116i terá 136 cavalos e a 118i, 170 cv. O diesel é 2.0 e também turbinado (TDI). Será usado nas versões 116d (116 cv), 118d (143 cv) e 120d (184 cv). Futuramente chegarão os propulsores mais esportivos das versões M e os econômicos como um 1.5 turbo de 130 cavalos a gasolina e outro 1.6 diesel, Efficient Dynamics com emissão de 99 g de gás carbônico por quilômetro rodado e consumo de 26 km/litro.

O câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático Steptronic, de oito velocidades. A tração é traseira, como manda a filosofia da BMW.

As versões de acabamento são duas: UrbanLine e SportLine. Elas se diferem nas partes aerodinâmicas de para-choques e laterais, nos desenhos das rodas de liga leve, na iluminação interna e nos materiais que revestem os bancos, portas, painel e console.

A Urban (o azul da foto) tem perfil mais luxuoso, com filetes da grade cromados, assentos revestidos em couro e tecido e detalhes internos em preto e branco. As rodas de 16 polegadas contam com desenho complexo. Já o Sportline (o vermelho) tem itens como volante revestido em couro com costuras vermelhas e grafismo esportivo para o quadro de instrumentos. As rodas têm desenho tipo estrela e 16 polegadas de diâmetro. Ambos têm iluminação laranja e branca e opção de rodas de 17 polegadas.

O Série 1 será apresentado ao público no Salão de Frankfurt, em setembro. No Brasil, sua chegada vai depender do ritmo de produção e demanda no mercado europeu. Ainda não há previsão, mas a minha aposta é para o ano que vem.