Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação

A nova geração do Honda Civic foi apresentada na última semana, nos Estados Unidos. Os norte-americanos já haviam apresentado um protótipo no Salão de Detroit, mas lançou agora a versão definitiva.

O termo linha 2012 pode valer para o Brasil também. A Honda já anunciou o início da fabricação em São Paulo para julho e até o fim do ano estará entre nós. Os japoneses ainda não entraram na onda de enganar o consumidor brasileiro com carros ultrapassados. A geração anterior do Civic fez muito sucesso aqui e lá na América do Norte. Na Europa, o hatch tem mais saída e o Japão, acredite, não terá mais a linha Civic, justamente no país onde nasceu em 1972.

Por esse motivo, o fabricante não arriscou uma alteração radical no que será a quinta geração do modelo vendida no mercado brasileiro. As mudanças na frente ocorreram, mas são quase imperceptíveis. Só comparando com o modelo atual para notar a diferença. Como no para-choque. A barra cromada na grade (pra mim, de gosto duvidoso, permanece lá). A lateral ficou mais encorpada com vincos na altura do terceiro volume. O recorte das janelas é o referencial para a alteração. A modificação mais profunda do Novo Civic é a traseira, com as lanternas em formato triangular e fora da tampa do porta-malas, que, espera-se, tenha aumentado de capacidade.

No interior, a Honda também não mexeu no time vencedor. Permanece o painel de dois andares, com velocímetro digital no topo e conta-giros atrás do volante. No entanto, as linhas ficaram mais retas, o miolo do volante mais quadrado e a "linha de instrumentos" ganhou um display, possivelmente do computador de bordo, que não existe na versão atual. O console ganhou uma tela de LCD para o GPS, que ainda não se sabe se chegará ao modelo brasileiro, mas será oferecido para os americanos.

Nos Estados Unidos a versão mais parecida com a nossa continuará com motor 1.8 i-VTEC 16 válvulas, de 142 cavalos de potência. Por aqui, o motor Flex deve ganhar alguns cavalos ou - como sugestão - aproveitar o propulsor 2.0 do Si, que vai sair de linha, mas continua lá. O câmbio automático será de cinco velocidades.

Por falar no Si, o esportivo deles terá motor 2.4 i-VTEC de 203 cavalos. Os norte-americanos também terão o Civic coupé, que tem para-choques e grade mais agressivos, traseira com aerofólio embutido e o mesmo motor 1.8, além de uma versão mais simples e econômica (HF, com motor 1,5, também i-VTEC), uma com gás natural (GX) e a Hybrid, com o mesmo 1.5 e ajuda de outro propulsor elétrico.

Opinião própria: apesar do arrojo da geração lançada em 2006, o Civic merecia um desenho ainda mais ousado. A frente de Jaspion, que eu já dizia se desatualizar rapidamente na época, foi exatamente a que permaneceu. Que seja corrigida no face-lift de meia vida. A traseira foi a que mais me agradou, porém, me lembra a última geração do Dodge Neon, que saiu de linha na época do lançamento do Civic atual. O painel também poderia ter outro desenho para manter os instrumentos digitais. Em resumo, o New New Civic ficou muito conservador para o futuro.