Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
Desde o lançamento do Fiat Punto no Brasil em 2007 que se aguardava uma versão apimentada do seu compacto premium. A oportunidade só surgiu no ano passado, com o lançamento do seu derivado luxuoso, o sedã Linea, que estreou o motor Fire 1.4 Turbo na versão T-Jet.
O nome acabou inspirando a denominação oficial do compacto. Entretanto, se o Linea tem um perfil mais elegante, o Punto nasceu para ser esportivo e resgatar o espírito do saudoso Uno Turbo, lançado em 1994, há exatos quinze anos.

Como no antigo modelo, o Punto T-Jet tem visual mais agressivo do que as versões mais básicas. A grade, a máscara dos faróis, as entradas de ar maiores no para-choque dianteiro, os spoilers, a moldura das rodas e as saias laterais são pintados de preto. As rodas de 17 polegadas, calçadas em pneus 205/50R, são as mesmas do Punto Abarth europeu.
Um sinal de que os tempos mudaram são as quatro portas, uma nova mania nacional que acabou contaminando os esportivos de hoje e os deixaram com aspecto conservador e familiar. Esportivo de verdade tem que ter duas portas, como acontecia até a primeira metade dos anos 90. A assinatura T-Jet está presente na tampa traseira e nas portas dianteiras.

Por dentro houve uma referência não ao Uno Turbo, mas aos esportivos italianos do passado: é o aplique no painel na cor da carroceria, que pode ser branca, amarela, vermelha e preta. Mais recentemente podemos lembrar deste visual no Fiat Coupé, que foi importado no Brasil em 1995. Não faltam os bancos esportivos, que são revestidos parcialmente em couro preto e levam o logo T-Jet. Volante, pomo do câmbio, alavanca de freio e puxadores e painéis das portas também são revestidos em couro preto com costura em tonalidade prata.


O Punto T-Jet sai de fábrica com air bag duplo frontal, freios ABS com distribuição eletrônica (EBD), ar-condicionado manual, direção hidráulica, trio elétrico, sistema Blue&Me para conexão Bluetooth para celular, quadro de instrumentos com display dot matrix, que facilita a visualização de informações. Há, ainda, sistema de som Hi-Fi de com subwoofer amplificado no porta-malas, rádio CD Player com MP3 e comandos no volante, piloto automático e sensor de estacionamento. Os opcionais são ar condicionado automático digital, navegador, teto solar Skydome, airbags laterais dianteiros e do tipo cortina, parafusos antifurto de rodas e kit High Tech que engloba sensores de chuva, farol e espelho interno eletrocrômico. O preço varia entre R$ 59.500 e 71.250, este completo.

Estrela principal da versão, o motor Fire 1.4 T-Jet tem dezesseis válvulas, um turbocompressor de baixa inércia IHI RFH3 com resfriador (intercooler), mas ainda não é flex, sendo movido, portanto, apenas a gasolina, pois é importado da Itália. Rende 152 cavalos de potência e 21,1 kgfm de torque máximo entre 2.250 rpm e 4.500 rpm. O câmbio é manual de cinco marchas com relações exclusivas. Graças a este conjunto, 0 Punto acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e tem velocidade máxima de 203 km/h.

Além do motor mais forte, o Punto T-Jet recebeu molas e amortecedores mais firmes, barra estabilizadora traseira de 18,5 mm e dianteira aumentada para 20 mm de diâmetro. Os freios ganharam discos de maior diâmetro, com 284 mm na dianteira e 251 mm na traseira, que usa freios a tambor nas demais versões do modelo.

Mais do que uma versão esportiva para suceder a memória do Uno Turbo, o motor 1.4 T-Jet do Punto aponta para uma nova tendência: propulsores menores, potentes, mais econômicos e menos poluentes. E isso já foi comprovado no esportivo com média de 12,3 km/litro na cidade e 16,4 km/l na estrada.