Volkswagen Gol I (1980-1994)


O Gol foi lançado em 1980 com a missão de suceder o Fusca, na época, com 20 anos de estrada. O projeto começou em 1976, um ano depois do lançamento do Polo na Europa. Este chegou a ser importado pelo Departamento de Engenharia para estudos. Mas com o tempo foram surgindo esboços e protótipos até chegar o modelo definitivo que aparece nesta foto.

Mas quem esperava um motor moderno e refrigerado a água já usado há seis anos no Passat se decepcionou. O escolhido foi o mesmo 1.3 refrigerado a ar do Fusca movido a gasolina que tinha pouca potência (50 cv) e não andava quase nada (velocidade máxima na faixa dos 125 km/h). O painel era bem "ergonômico" com o rádio colocado quase no lugar do porta-luvas. O espaço era razoável e a solução que, a princípio, deu um bom volume do porta-malas, foi a colocação do estepe no compartimento do motor (na frente). Porém, quando surgiu o modelo a álcool no início de 81 com filtro de ar e dupla carburação, o estepe foi para o bagageiro. No entanto, a idéia de um mecânico de concessionária em colocar o pneu com a roda para cima fez voltar o estepe para o capô no novo modelo 1.6 lançado em março.

Entre 1981 e 82 apareciam os seus derivados: Voyage (1981), Parati (meados de 1982) e Saveiro (outubro de 82). O sedan e a perua já usavam o motor arrefecido a água que o Gol só usaria em 1984. O propulsor 1500 equipava o Passat. A picape foi lançada com o mesmo motor a ar do hatch.

Assim como hoje (Gol, Fox e Polo), a Volkswagen naquela época também tinha três compactos em sua linha (Fusca, Brasília e Gol). Quase que a montadora deu fim ao carro mais novo por causa de suas vendas baixas na hora de enxugar a produção. Felizmente, não eliminou o Gol, mas sobrou para a Brasília que se despediu em 1982. Assim, o Gol ganhou finalmente o seu motor refrigerado a água e de quebra uma versão esportiva, a GT. Isso foi em 1984. O estepe ficou definitivamente no porta-malas.

Em 1987, surgia a Autolatina, união entre Volks e Ford. O Fusca já tinha saído de linha há um ano e pela primeira vez, o Gol assumiu a liderança do mercado que não largou até hoje. O Voyage e a Parati começaram a ser exportados para os Estados Unidos com o nome de Fox e nova frente, traseira e painel. A remodelação externa chegou ao mercado brasileiro, mas o painel veio só no ano seguinte. A versão esportiva GT do Gol dava lugar à GTS. Voyage e Parati tinham a luxuosa GLS. Todos estes tinham o motor AP1800 do Santana. No final de 88, era lançado o Gol GTi, o primeiro carro brasileiro com injeção eletrônica de combustível. Era um 2.0. No ano seguinte, o AP1600 era trocado pelo CHT da Ford, rebatizado de AE1600. Em 90, nova remodelação estética. Em 92, chegava o Gol 1000, com motor 1.0. Em 1993, voltava o AP1600.

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